Harvard diz que carta de estudantes em apoio a palestinos não fala pela universidade
Uma declaração de apoio aos palestinos feita por estudantes da Universidade de Harvard que culparam Israel pela violência que envolve a região não fala pela instituição educacional como um todo ou por sua liderança, disse Claudine Gay, presidente da Universidade de Harvard, nesta terça-feira.
"Deixe-me também afirmar... que embora os nossos estudantes tenham o direito de falar por si próprios, nenhum grupo de estudantes -- nem mesmo 30 grupos de estudantes -- fala pela Universidade de Harvard ou pela sua liderança", disse Gay num comunicado.
Ex-alunos proeminentes da Universidade de Harvard denunciaram na segunda-feira a declaração favorável ao povo palestino, na qual uma coalizão de 34 organizações estudantis de Harvard disse que "considera o regime israelense inteiramente responsável por toda a violência que se desenrola" após décadas de ocupação, acrescentando que "o regime do apartheid é o único a ser culpado".
O ataque do grupo islâmico palestino Hamas a Israel no sábado deixou centenas de mortos. Foi a pior violação das defesas do país desde a guerra do Yom Kippur, há 50 anos. A embaixada de Israel em Washington disse que o número de mortos nos ataques do Hamas no fim de semana ultrapassou 1.000.
Israel atacou os palestinos com bombardeios mortais em Gaza após o ataque do Hamas. O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 830 palestinos foram mortos e até 4.250 feridos em ataques aéreos israelenses no enclave bloqueado desde sábado.
O enclave, com apenas 40 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, é o lar de 2,3 milhões de pessoas que vivem sob um bloqueio liderado por Israel há 16 anos, desde que o Hamas assumiu o controle do território, em 2007.
As organizações estudantis que assinaram a carta incluíam grupos de apoio muçulmanos e palestinos, além de outros nomeados por diversas origens, incluindo os Judeus pela Libertação de Harvard e a Organização de Resistência Afro-Americana.