"Haverá muito o que apurar", diz embaixador do Brasil no Irã sobre morte de Ebrahim Raisi
Presidente iraniano morreu após queda de helicóptero na fronteira com o Azerbaijão, no domingo, 19
Após a confirmação da morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi, de 63 anos, no domingo, 19, o embaixador do Brasil no Irã, Eduardo Gradilone, afirmou à CNN, que haverá muito o que apurar e refletir quanto ao futuro. Ebrahim Raisi morreu após o helicóptero em que viajava com sua comitiva cair no noroeste do Irã, na fronteira com o Azerbaijão.
Além do presidente, também estavam a bordo o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdollahian, o governador da província do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati e outros seis ocupantes, incluindo a tripulação.
Os destroços carbonizados do helicóptero foram encontrados na manhã desta segunda-feira, 20, após uma busca noturna com dezenas de socorristas sob forte nevasca.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que o primeiro vice-presidente Mohammad Mokhber assumirá o cargo de presidente interino e decretou luto oficial de cinco dias.
"Anuncio cinco dias de luto público e ofereço minhas condolências ao querido povo do Irã", disse em um comunicado oficial.
Quem era Ebrahim Raisi
Nascido em Mashhad, segunda maior cidade do Irã, em 14 de dezembro de 1960, Raisi foi o oitavo presidente eleito do país, após o pleito de 2021. Segundo a Al Jazeera, ele pertencia a uma família que traça sua linhagem desde o profeta Maomé.
Raisi era visto como conservador religioso linha-dura, apontado potencial sucessor do líder supremo aiatolá Ali Khamenei. Ele deixa esposa e duas filhas.