História de Carlos Ghosn pode virar filme
Executivo brasileiro fugiu do Japão para o Líbano
A fuga do executivo Carlos Ghosn do Japão para o Líbano pode virar trama de um filme. A informação tem sido especulada nos últimos dias por jornais internacionais. De acordo com o francês "Le Monde", a Netflix poderia ser uma das possíveis produtoras, apesar de um porta-voz da plataforma de streaming ter negado, em entrevista ao "Business Insider", qualquer acordo ou contrato com Ghosn.
O "Le Monde" tinha publicado que o ex-presidente da Renault-Nissan teria assinado um contrato com a Netflix para contar a história de sua fuga. O jornal "The New York Times" também chegou a falar nos últimos dias sobre o interesse de Hollywood em produzir algo sobre a vida pessoal e profissional de Ghosn. Segundo o "NYT", muito antes da fuga do Japão, o produtor norte-americano John Lesher teria encontrado Ghosn em sua casa para que o executivo narrasse suas histórias. "O tema da conversa foi redenção e o sistema judicial japonês", resumiu o jornal. O executivo de 65 anos de idade tem passaporte brasileiro, francês e libanês. Ele estava em prisão domiciliar no Japão, onde é acusado de ter subnotificado rendimentos e de ter desviado recursos da Nissan para fins pessoais. O executivo, porém, afirma ser alvo de um "complô" por parte de outros dirigentes da montadora. Ele fugiu do Japão para o Líbano no último dia 30. Em função do escândalo dentro da aliança de montadoras, Ghosn foi demitido da presidência da Nissan e da Mitsubishi e renunciou ao comando da Renault. Ainda não se sabe como o executivo conseguiu chegar ao Líbano.
Chegou-se a especular a possibilidade dele ter viajado dentro de uma mala para instrumentos musicais, mas a imprensa japonese publicou que Ghosn pegou um trem até Osaka e embarcou em um avião para sair do país.