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Homem deixa a prisão quase 30 anos após ser confundido com assassino nos EUA

Lamar Johnson passou décadas atrás das grades condenado por um assassinato que sempre negou ter cometido

15 fev 2023 - 10h10
(atualizado às 12h44)
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Lamar Johnson se emocionou ao ouvir a decisão do juiz
Lamar Johnson se emocionou ao ouvir a decisão do juiz
Foto: CBS News

Um caso de erro judicial teve finalmente o final esperado após audiência nesta terça-feira, 14, em Missouri (EUA). Um homem que permaneceu na prisão por quase 30 anos foi solto após conseguir provar sua inocência.

Lamar Johnson estava preso desde 1994 acusado de assassinar Marcus Boyd, um jovem que tinha 25 anos na época. Um juiz de St. Louis decidiu que Lamar Johnson deveria ser libertado depois que a corte analisou o caso e ouviu testemunhas do caso."O testemunho é uma evidência clara de que Lamar Johnson é inocente e não cometeu o assassinato de Marcus Boyd", decretou o juiz David Mason.

Lamar ficou emocionado ao ouvir a sentença e sorriu quando deixou a corte. Para jornalistas, ele agradeceu todo o apoio. "Quero agradecer àqueles que tiveram informações sobre o caso e trouxeram a verdade", celebrou.

Reconhecido pelo olhar

Ao longo da audiência, ficou claro que a única coisa que ligava Johnson ao assassinato era o testemunho ocular de Greg Elking, ex-colega de trabalho de Boyd que retratou seu depoimento de 1995 no primeiro dia da audiência.

A condenação baseou-se apenas em Elking escolher Johnson com base na memória de ter visto os olhos do atirador mascarado por alguns segundos.

“Você teve uma testemunha neste caso que lhe disse, na melhor das hipóteses, que poderia reconhecer algo sobre os olhos”, disse Mason ao ex-detetive Joseph Nickerson. “Tem certeza de que esta não é uma situação em que vocês estavam com um pouco de pressa para fazer uma condenação?”.

Um dos assassinos, James Howard, confessou o crime e declarou estar convencido de que Johnson não tinha nada a ver com o assassinato.

Em uma declaração conjunta à imprensa, os advogados de Johnson lamentaram o quão difícil foi libertar um homem inocente. “Foi necessária uma organização, três escritórios de advocacia, um procurador, ambas as câmaras da legislatura do Missouri e a assinatura do governador em uma lei aprovada por ele para libertar Lamar Johnson”, disseram eles. “Isso é intolerável. Isso não é justiça. Nós podemos e devemos fazer melhor."

Fonte: Redação Terra
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