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Homem é suspeito de voltar a local de assassinato e matar jornalista que cobria história e menina de 9 anos

Um repórter de televisão e uma menina de nove anos foram mortos a tiros nos arredores de Orlando, na Flórida, perto do local onde poucas horas antes havia acontecido um assassinato.

23 fev 2023 - 08h18
(atualizado às 10h45)
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Viatura policial de Orange County, Miami, EUA
Viatura policial de Orange County, Miami, EUA
Foto: CBS / BBC News Brasil

Um repórter de televisão e uma menina de nove anos foram mortos a tiros nos arredores de Orlando, na Flórida, perto do local onde poucas horas antes havia acontecido um assassinato.

Outro repórter e a mãe da menina foram baleados e feridos pelo mesmo atirador em Pine Hills, um subúrbio a oeste de Orlando. O atirador é considerado suspeito pelo outro homicídio, segundo a polícia.

Os dois jornalistas do canal Spectrum News 13 estavam cobrindo o assassinato de uma mulher, quando o adolescente suspeito pelo crime voltou à cena. Não está claro se os jornalistas eram os alvos dos disparos.

O adolescente estava armado quando foi preso e não cooperou com a polícia, segundo as autoridades.

As três pessoas mortas nos dois ataques ainda não foram identificadas.

Em entrevista coletiva, o xerife do condado de Orange, John Mina, disse que os jornalistas estavam "dentro ou próximo de seu veículo" quando foram atacados por volta das 16h no horário local (17h no horário de Brasília) na quarta-feira (22/2).

Os jornalistas estavam cobrindo um tiroteio ocorrido no início do dia, por volta das 11h do horário local, no qual uma mulher de 20 anos foi morta a tiros dentro de um carro. O suspeito voltou à cena do crime e abriu fogo contra os repórteres.

Depois de atacar os jornalistas, o suposto atirador — Keith Moses, de 19 anos — entrou em uma casa próxima e atirou na menina e em sua mãe, disse o xerife.

A mãe está no hospital em estado crítico.

Outros jornalistas próximos ajudaram a prestar os primeiros socorros às vítimas, segundo repórteres locais.

O Spectrum 13 continuou a cobertura ao vivo após o anúncio da morte de seu repórter.

Greg Angel, apresentador de notícias da estação, disse que o jornalista ferido "conseguiu falar com policiais e colegas".

Segundo o xerife, o suspeito "tem uma longa ficha criminal", incluindo acusações de porte de arma, agressão com arma mortal, roubo e furto".

Ele seria "conhecido" da mulher baleada pela manhã, "mas, pelo que sabemos, ele não tinha nenhuma ligação com os repórteres e nenhuma ligação com a mãe e a criança de nove anos".

O xerife disse que ainda investiga se o atirador estava querendo atingir os repórteres de propósito. É possível que o suspeito tenha confundido os jornalistas com a polícia.

Uma repórter da televisão WESH 2 relatou que ela e seu operador de câmera haviam deixado a cena do crime momentos antes do tiroteio.

"Tivemos um pressentimento" e decidimos ir embora, disse Senait Gebregiorgis.

A Charter Communications, empresa proprietária da Spectrum 13, divulgou um comunicado em que diz que o ataque é "uma terrível tragédia para a comunidade de Orlando".

"Estamos profundamente tristes pela perda de nosso colega e pelas outras vidas sem sentido tiradas hoje", disse a empresa.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, enviou condolências em uma mensagem no Twitter: "Nossos corações estão com a família do jornalista morto hoje e o funcionário ferido em Orange County, na Flórida, bem como toda a equipe do Spectrum News".

Em 2022, 40 jornalistas foram mortos no mundo, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. Apenas um dos mortos estava nos EUA.

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