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Igreja Católica da China jura lealdade ao Partido Comunista

O Vaticano assinou no sábado um acordo dando à instituição voz decisiva na nomeação de bispos na China

23 set 2018 - 16h24
(atualizado às 16h41)
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A Igreja Católica da China reafirmou neste domingo sua lealdade ao Partido Comunista, ao mesmo em que saudou um acordo histórico com o Vaticano sobre a nomeação de novos bispos.

O Vaticano assinou no sábado um acordo dando à instituição voz decisiva na nomeação de bispos na China, embora os críticos classifiquem essa manobra como uma venda aos interesses do governo. 

Freiras católicas chinesas
Freiras católicas chinesas
Foto: Andrew Wong / Getty Images

Os cerca de 12 milhões de católicos da China estavam divididos entre uma igreja clandestina jurando lealdade ao Vaticano e à Associação Patriótica Católica, supervisionada pelo Estado.

A Igreja Católica na China disse que "vai perseverar em seguir um caminho adequado a uma sociedade socialista, sob a liderança do Partido Comunista Chinês".

A instituição disse que "ama profundamente a pátria" e "sinceramente endossou" o acordo, esperando que as relações entre a China e o Vaticano melhorem ainda mais, acrescentou a igreja, em comentários publicados em seu site.

O Vaticano disse que o acordo, um avanço depois de anos de negociações, "não é político, mas pastoral", e espera que isso leve à "plena comunhão de todos os católicos chineses".

Mas as perspectivas de tal acordo dividiram comunidades de católicos em toda a China, com alguns temendo uma maior supressão se o Vaticano ceder mais controle a Pequim. Outros querem ver a reaproximação e evitar um potencial desacordo.

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