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Igreja da Inglaterra rejeita modelo totalmente independente para investigar abusos

11 fev 2025 - 20h08
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A Igreja da Inglaterra decidiu nesta terça-feira não apoiar um modelo de proteção totalmente independente para lidar com casos de abuso, optando por uma opção alternativa que, segundo os críticos, não é o bastante para acalmar o alarme público após vários escândalos. 

A igreja-mãe de 85 milhões de anglicanos ao redor do mundo tem enfrentado uma crise relacionada a seus processos de proteção, desde que o ex-líder, Justin Welby, renunciou em novembro por causa de um escândalo de acobertamento de abusos. Desde então, reportagens da imprensa trouxeram mais acusações de abuso dentro da instituição. 

Em uma votação crucial, a entidade administrativa da Igreja, o Sínodo Geral -- reunindo-se pela primeira vez em Westminster, em Londres, nesta semana desde a saída de Welby -- apoiou por 392 a 9 uma proposta que transferiria a maioria dos funcionários empregados pela Equipe Nacional de Proteção para um órgão externo. 

No entanto, uma emenda para escolher essa proposta enquanto mais trabalho é realizado em direção à independência total foi aprovada por 243 a 165, efetivamente impedindo que um segundo modelo mais rígido fosse colocado em votação. Esperava-se que o Sínodo também votasse a segunda opção.

Philip North, bispo que enviou a emenda, disse que a opção que transferiria funcionários de proteção de catedrais e equipes diocesanas para um órgão externo é "extremamente complexa". 

"Nós temos um hábito… de votar por planos que são tão ambiciosos que temos dificuldades para entregá-los… Essa emenda permite ações e mudanças agora, não daqui a alguns anos." 

Alguns membros do Sínodo argumentaram que a transferência de todas as proteções para um órgão externo era um modelo que ainda não havia sido testado, mas vítimas de abuso que se reuniram no lado de fora da reunião para fazer lobby em apoio a um modelo totalmente independente disseram que a decisão não conseguiu modificar o status quo. 

"É incrivelmente decepcionante", disse David Greenwood, um advogado da Switalskis que representa vítimas de abuso da igreja e organizou o protesto. "Essa votação representa uma rejeição de padrões seculares de proteção e fará com que as crianças continuem a correr riscos na igreja". 

A bispa chefe de proteção, Joanne Grenfell, que elogiou o segundo modelo, disse que reconhecia o "espírito restritivo" da emenda e descartou seu apoio a ela. 

Martyn Snow, considerado um possível candidato a suceder Welby como o 106º Arcebispo de Canterbury, também havia apoiado o modelo mais rígido, dizendo que era a única maneira de "garantir um recomeço cultural e reconstruir confiança". 

O público em geral, cada vez menos religioso, tem sido muito crítico, com quase metade neste momento tendo uma visão negativa da Igreja, ainda profundamente enraizada na cultura britânica, principalmente pelo seu papel cerimonial em eventos reais, como casamentos e coroações. 

"O verdadeiro risco é postergarmos proteções operacionais independentes, para nunca mais serem vistas", disse a bispa Sarah Mullaly, em seu argumento contra a emenda, antes dela ser aprovada.

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