Impasse sobre futuro de fundador do WikiLeaks Assange está "chegando ao fim", diz fonte
O impasse diplomático sobre a estadia de seis anos de Julian Assange na embaixada do Equador em Londres está chegando ao fim, disse nesta segunda-feira uma fonte próxima ao fundador do WikiLeaks, depois que a mídia relatou que o país sul-americano iria rescindir seu asilo político.
Assange tem vivido na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012 quando recebeu asilo para evitar extradição para a Suécia para ser interrogado sobre alegações de crimes sexuais que sempre negou.
Desde então, essas alegações foram retiradas, mas Assange seria preso pela polícia britânica se deixasse a embaixada por violar condições de fiança.
Assange acredita que essa prisão levaria à sua extradição para os Estados Unidos pela publicação de uma série de segredos diplomáticos e militares norte-americanos no site do WikiLeaks.
Especulações sobre o futuro do australiano cresceram neste mês depois que o jornal Sunday Times disse que autoridades graduadas do Equador e do Reino Unido estão em negociações sobre como removê-lo da embaixada após rescindir seu direito a asilo.
"A situação é muito séria. As coisas estão chegando a um fim", disse a fonte, que falou sob condição de anonimato, à Reuters. Ele disse que a última informação de dentro da embaixada é que "as coisas não estão parecendo boas".
Entretanto, fontes do governo do Equador e do Reino Unido minimizaram as sugestões de que provavelmente haverá algum movimento iminente para romper o impasse.
O presidente do Equador, Lenín Moreno, que já descreveu a situação de Assange como "insustentável" e "uma pedra em seu sapato" está em Londres para participar de uma cúpula nesta semana, quando, jornais sugeriram, poderia finalizar um acordo.
Entretanto, o governo equatoriano disse que nem Moreno nem sua delegação irão abordar a questão de Assange durante sua visita.
"O Estado equatoriano só irá falar e promover entendimentos sobre o asilo do sr. Assange, no âmbito da lei internacional, com os advogados do interessado e com o governo britânico", disse o Ministério de Relações Exteriores do Equador em comunicado.