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Imprensa dos EUA repercute reunião entre Trump e Kim Jong un

12 jun 2018 - 09h37
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A imprensa dos Estados Unidos amanheceu hoje (12) com a repercussão do encontro histórico entre o líder norte-coreano Kim Jong un e o presidente Donald Trump.

Analistas afirmaram que, embora o encontro tenha sido positivo do ponto de vista do diálogo inédito aberto entre os dois países, não há um cronograma de como será feita a prometida desnuclearização da península por parte da Coreia do Norte.

A Rede CNN - uma das maiores críticas da política externa de Trump - afirmou que, após quase cinco horas de conversações, a reunião terminou com um discurso confiante, mas com "promessas vagas sobre a desnuclearização".  

Na análise da reportagem, há "poucos detalhes sobre garantias de execução dos novos compromissos da parte do líder norte-coreano, mesmo quando Trump anunciou que encerraria os exercícios militares regulares que os EUA realizam com a Coréia do Sul".

Na mesma linha crítica, o jornal Washington Post questionou se a histórico momento irá, de fato, produzir algum resultado igualmente histórico.

O jornal analisa que "não está claro" se os Estados Unidos conseguiram extrair detalhes sobre como os norte-coreanos irão se livrar de suas armas nucleares ou permitir que inspetores entrem no país para catalogar a escala de seu programa.

Sanções e tropas

O  New York Times ressaltou  que os dois países estão prontos para um novo capítulo e ponderou que o próprio presidente Trump afirmou que o processo de desnuclearização será um longo caminho.

O jornal também enfatizou a afirmação de Trump sobre a continuidade, por enquanto, das sanções econômicas contra a Coreia do Norte.

O USA Today fixou-se nas declarações de Trump de que a cúpula levará à desnuclearização da Coréia do Norte, mas que a reunião foi apenas o primeiro passo.

"Hoje é o começo de um processo árduo. Nossos olhos estão bem abertos", disse Trump em entrevista coletiva após o encontro com o ditador da Coréia do Norte.

Embora tenha prometido interromper as manobras militares, Trump afirmou que não retiraria imediatamente as tropas dos Estados Unidos da Coreia do Sul. Mas reforçou que irá interromper os exercícios militares, os quais chamou de "jogos de guerra com a Coréia do Sul, "caros e provocativos".

Triunfo

A imprensa de inclinação republicana concentrou-se no feito da reunião em si. A Rede FOX News publicou declarações exclusivas do presidente Trump ao repórter da rede Sean Hannity.

Na entrevista, logo após a cúpula, Trump afirmou acreditar que Kim Jong-un  começará a trabalhar para desmantelar o programa nuclear de seu país "quase imediatamente".

A entrevista completa irá ao ar na noite de hoje nos Estados Unidos. Mas a rede adiantou que o presidente norte-americano afirmou que o processo está "realmente se movendo rapidamente".

Nas redes sociais, seguidores e eleitores de Donald Trump exaltaram o encontro. Vários deles criticaram a imprensa do país e afirmaram que agora muitos dos críticos irão ver "um resultado prático" - a reunião em si.

Usuários do Twitter usaram a hashtag #TrumpKimMeeting (Encontro Trump e Kim), para acompanhar o encontro ao longo da madrugada nos Estados Unidos. Alguns comentaram que Trump conseguiu o que o antecessor Barack Obama não conseguiu: dialogar e fechar um acordo com o líder norte-coreano.

Agência Brasil Agência Brasil
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