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Indígenas aceitam oferta de diálogo no Equador

Conversas terão mediação da ONU e da Igreja Católica

13 out 2019 - 10h27
(atualizado às 10h33)
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A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) aceitou neste sábado (12) a abertura de um diálogo com o governo do presidente Lenín Moreno sobre as medidas de austeridade que desencadearam uma onda de protestos populares no país.

Protesto contra medidas de austeridade do governo do Equador em Quito, capital do país
Protesto contra medidas de austeridade do governo do Equador em Quito, capital do país
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O início das conversas, que terão mediação da Igreja Católica, foi anunciado pelo gabinete da Organização das Nações Unidas (ONU) em Quito. "A Conferência Episcopal Equatoriana e as Nações Unidas informam à sociedade que, após contatos com o governo e as organizações do movimento indígena, a primeira reunião foi convocada para 13 de outubro, às 15h [17h em Brasília]", diz um comunicado da ONU.

A crise foi motivada pela decisão do governo de encerrar os subsídios públicos ao preço dos combustíveis, que disparou nas últimas semanas e levou milhares de pessoas às ruas. A medida é parte de um pacote de austeridade exigido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para conceder um empréstimo de US$ 4,2 bilhões ao Equador.

Em função dos protestos, Moreno decretou estado de exceção por 30 dias, transferiu a sede do governo de Quito para Guayaquil e impôs toque de recolher noturno em áreas perto de prédios públicos.

Pressionado, o presidente indicou que pode rever alguns pontos de seu pacote de austeridade, que também inclui a flexibilização de leis trabalhistas e a diminuição de 30 para 15 dias nas férias de funcionários públicos.

Ansa - Brasil
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