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Indonésia incinera carcaças de crocodilos mortos por moradores em retaliação a ataque

17 jul 2018 - 11h07
(atualizado às 19h18)
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Autoridades da Indonésia incineraram as carcaças de quase 300 crocodilos que foram mortos por moradores de um vilarejo em retaliação à morte de um homem atacado por um réptil de um viveiro, informou um funcionário do governo nesta terça-feira.

Centenas de crocodilos mortos na Indonésia em retaliação a ataque a um morador 14/07/2018 Antara Foto/Olha Mulalinda /via Reuters
Centenas de crocodilos mortos na Indonésia em retaliação a ataque a um morador 14/07/2018 Antara Foto/Olha Mulalinda /via Reuters
Foto: Reuters

Após o enterro da vítima, uma multidão revoltada armada com facas, martelos e porretes invadiu a área do viveiro e matou 292 dos répteis protegidos.

"Os crocodilos mortos foram incinerados e enterrados ao redor do viveiro", disse Basar Manullang, agente de conservação da província de Papua Ocidental, em uma mensagem de texto.

Fotos mostraram que os animais foram colocados em uma grande vala, juntamente com madeira para o fogo, e incinerados.

Acredita-se que a vítima de 48 anos tenha entrado no viveiro, localizado no distrito de Sorong, para recolher grama para ração animal quando foi atacada.

Manullang disse que o viveiro recebeu uma licença para criar crocodilos protegidos de água salgada e da Nova Guiné em 2013 para preservá-los e também para abater parte dos animais.

A área leste de Papua tem uma dispensa especial que permite que alguns dos crocodilos sejam mortos para a remoção de suas peles, o que alimenta uma indústria varejista de itens como cintos, bolsas e sapatos feitos com esse material.

Muhammad Nur, proprietário do Crocodile Craft Centre, situado no porto de Merauke, disse que a agência de conservação só permite o abate de crocodilos de tamanho médio.

Testemunhas serão interrogadas para determinar se o viveiro foi negligente e se a matança dos crocodilos protegidos violou alguma lei, disse o chefe de polícia de Sorong, Dewa Made Sidan Sutrahna, por telefone.

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