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Infecção por Covid-19 dá alguma imunidade, mas vírus ainda pode ser transmitido, diz estudo

14 jan 2021 - 11h45
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Pessoas que tiveram Covid-19 têm alta probabilidade de possuir imunidade a ela por pelo menos cinco meses, mas há evidências de que aquelas que têm anticorpos ainda podem ser capazes de transportar e disseminar o vírus, revelou um estudo de profissionais de saúde britânicos.

Profissional de saúde trata de paciente em UTI de hospital no Reino Unido
05/05/2020
Neil Hall/Pool via REUTERS
Profissional de saúde trata de paciente em UTI de hospital no Reino Unido 05/05/2020 Neil Hall/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Conclusões preliminares de cientistas da Public Health England (PHE) mostraram que reinfecções em pessoas que têm anticorpos para Covid-19 de uma infecção anterior são raras --com apenas 44 casos encontrados entre 6.614 pessoas previamente infectadas no estudo.

Mas especialistas alertaram que as descobertas significam que as pessoas que contraíram a doença na primeira onda da pandemia nos primeiros meses de 2020 podem agora estar vulneráveis a contraí-la novamente.

Eles também advertiram que as pessoas com a chamada imunidade natural --adquirida por terem contraído a infecção-- ainda podem ser capazes de transportar o coronavírus SARS-CoV-2 em seu nariz e garganta e transmiti-lo.

"Agora sabemos que a maioria das pessoas que teve o vírus e desenvolveu anticorpos estão protegidas contra reinfecção, mas isso não é total e ainda não sabemos quanto tempo dura a proteção", disse Susan Hopkins, consultora médica sênior da PHE e colíder do estudo, cujas conclusões foram publicadas nesta quinta-feira.

"Isso significa que mesmo se você acreditar que já teve a doença e está protegido, pode ter certeza de que é altamente improvável que você desenvolva infecções graves. Mas ainda existe o risco de você adquirir uma infecção e transmiti-la a outras pessoas."

Especialistas que não estiveram diretamente envolvidos na pesquisa pediram que as pessoas observassem suas principais conclusões.

"Esses dados reforçam a mensagem de que, por ora, todos são uma fonte potencial de infecção para os outros e devem se comportar de acordo", disse Eleanor Riley, professora de imunologia e doenças infecciosas da Universidade de Edimburgo.

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