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Inflação mensal da Argentina acelera para 4,6% em junho e quebra série de cinco meses de queda

12 jul 2024 - 20h29
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A taxa mensal de inflação da Argentina ficou em 4,6% em junho, segundo dados oficiais publicados nesta sexta-feira, abaixo da previsão de 5,1% de uma pesquisa da Reuters, mas ainda assim acelerando em relação à taxa de 4,2% de maio e quebrando uma sequência de cinco meses de desaceleração.

A inflação nos 12 meses até junho ficou em 271,5%, ainda a mais alta registrada no mundo, mas ficou um pouco abaixo da previsão de 273,6% da pesquisa.

Desde que o presidente Javier Milei assumiu o poder, no final do ano passado, a inflação diminuiu drasticamente na Argentina, desacelerando de 25,5% em dezembro para 4,2% em maio. 

A queda acentuada foi atribuída a um conjunto de medidas de austeridade e corte de custos que controlaram a demanda do consumidor, bem como a medidas para reduzir a impressão de dinheiro.

Contudo, argentinos afirmam que ainda não sentiram os benefícios do arrefecimento da inflação e, para muitos, a desaceleração não foi suficiente para afastar a dor dos altos preços de serviços públicos, transporte e alimentos em um país onde o salário mínimo mensal de 234.315 pesos (260 dólares) não conseguiu acompanhar a inflação anual de quase 300%.

"Não acho que (a inflação) ande de mãos dadas com os aumentos salariais e impostos", disse Gustavo Garcia, um cabeleireiro de 47 anos que estava procurando pechinchas no mercado central de Buenos Aires.

Milei, um economista de livre mercado, pôs fim ao congelamento de preços do governo peronista anterior em vários serviços públicos e diz que é necessário um remédio fiscal duro para reanimar a economia. A tarifa mínima de ônibus em Buenos Aires aumentou em mais de 400% desde que Milei assumiu o cargo.

"Reduzir a inflação significa proteger aqueles que têm menos", disse o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, a repórteres nesta semana. "(A inflação) é o pior imposto sobre os pobres", afirmou Caputo.

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