Influenciadora digital é investigada por fraude agravada na Itália
Caso de má prática comercial é apurado pelo MP em 4 regiões
O Ministério Público de Milão investiga formalmente a mega influenciadora italiana Chiara Ferragni por fraude agravada, no âmbito da investigação sobre a venda de um pandoro para caridade. A decisão foi tomada pelo procurador adjunto Eugenio Fusco.
Ao todo, quatro gabinetes do MP em regiões italianas apuram a prática comercial desleal na promoção da campanha, mas, até agora, nenhum dos envolvidos era formalmente investigado.
O caso se refere a uma denúncia apresentada pelo órgão antitruste de defesa do consumidor Codacons contra a campanha da linha "Pandoro Pink Christmas", associada à influenciadora no fim de 2022.
A peça publicitária fazia acreditar que os recursos arrecadados com a venda do bolo seriam repassados ao Hospital Regina Margherita, em Turim.
No entanto, o antitruste apurou que, na verdade, apenas uma doação de 50 mil euros foi feita pela Balocco meses antes da campanha.
Ferragni, uma das personalidades mais famosas da Itália, também foi multada em pouco mais de um milhão de euros por prática comercial desleal.
Alessandra Balocco, da empresa Balocco, que produziu o doce, também é investigada por fraude agravada.
"Estou serena, porque sempre agi em boa fé, e tenho certeza de que isso virá à tona pelas investigações em andamento. Tenho plena confiança na atividade da magistratura, e com os meus advogados me coloquei imediatamente à disposição para colaborar e esclarecer cada detalhe do que ocorreu o mais brevemente possível", declarou a influenciadora após a divulgação da notícia.
"Estou, por outro lado, profundamente perturbada pela instrumentalização que parte da mídia está realizando, inclusive difundindo notícias objetivamente não correspondentes com a realidade", concluiu.