Inovações no uso do laser rendem Prêmio Nobel de Física a trio de cientistas
Os cientistas Arthur Ashkin, Gerard Mourou e Donna Strickland conquistaram o Prêmio Nobel de Física de 2018 por avanços no campo dos lasers usados em cirurgias e em estudos científicos, informou nesta terça-feira a entidade que concede a premiação.
O norte-americano Ashkin, dos Laboratórios Bell dos Estados Unidos, recebeu metade do prêmio, e o francês Mourou, que também tem cidadania norte-americana, e a canadense Donna dividiram a outra metade.
Donna, da Universidade de Waterloo, no Canadá, é somente a terceira mulher a receber o Prêmio Nobel de Física.
"As invenções sendo homenageadas neste ano revolucionaram a física dos lasers", disse a Academia Real Sueca de Ciências ao conceder o prêmio de 9 milhões de coroas suecas, o equivalente a 1 milhão de dólares.
"Instrumentos avançados de precisão estão abrindo áreas inexploradas de pesquisa e uma multiplicidade de aplicações industriais e médicas", disse em um comunicado.
Ashkin inventou "pinças" óticas que podem capturar partículas, átomos, vírus e outras células vivas, enquanto Mourou e Donna criaram separadamente os pulsos de laser mais curtos e poderosos da história.
Estes se tornaram o padrão para lasers de alta intensidade, usados por exemplo em milhões de cirurgias oculares corretivas todos os anos.
Os prêmios por conquistas na ciência, literatura e paz vêm sendo concedidos desde 1901 conforme o testamento de Alfred Nobel, empresário e magnata suíço cuja invenção da dinamite gerou uma vasta fortuna usada para financiar a honraria.
Mas pela primeira vez em décadas o prêmio de literatura não será concedido neste ano devido a alegações de má conduta sexual que levaram à saída de vários membros do conselho da Academia Sueca, a entidade que o concede.