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Irã ataca bases dos Estados Unidos no Iraque

Pentágono confirma que duas bases usadas por tropas americanas foram atingidas por mísseis lançados a partir do Irã

7 jan 2020 - 21h10
(atualizado às 23h26)
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O Irã lancou na noite desta terça-feira misseis contra duas bases que abrigam tropas americanas no Iraque. Segundo os EUA, pelo menos 12 de mísseis foram lançados a partir do Irã contra as bases de Al Assad e Erbil.

O anúncio do ataque foi originalmente divulgado pela imprensa estatal do Irã. Segundo o governo iraniano, a operação faz parte de uma campanha de retaliação contra os EUA pelo ataque que matou o general Qassim Soleimani na semana passada.

A operação, segundo a imprensa iraniana, foi batizada como "Mártir Soleimani" e está sendo conduzida pela divisão aeroespacial da Guarda Revolucionária, que teria lançado mísseis superfície-ar contra as bases.

Manifestantes queimam bandeiras de EUA e Israel em protesto no Irã.
Manifestantes queimam bandeiras de EUA e Israel em protesto no Irã.
Foto: Reuters

"A vingança feroz da Guarda Revolucionária já começou", disse a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã em um comunicado no canal Telegram, segundo o jornal The New York Times.

Segundo a rede CNN, um comandante de força paramilitar sunita iraquiana relatou que foguetes atingiram a base aérea de Al Asad, que fica a 120 quilômetros a oeste de Bagdá. Já a base de Erbil fica no norte do Iraque.

Pouco depois, o Pentágono confirmou o ataque em um comunicado. "Aproximadamente às 17:30 (horário da costa leste dos EUA) de 7 de janeiro, o Irã lançou mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra as forças militares dos EUA e da coalizão no Iraque. Está claro que esses mísseis foram lançados do Irã e tiveram como alvo pelo menos duas bases militares iraquianas que abrigam militares dos EUA e da coalizão em Al Assad e Erbil."

Além de tropas americanas, a base de Erbil também abriga pelo menos cem militares da Alemanha que atuam como consultores e no treinamento de forças iraquianas.

Segundo o Pentágono, as bases já estavam em alerta máximo por conta de "indicações de que o regime iraniano planejava atacar" forças americanas na região. Já a Casa Branca afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, foi informado sobre os ataques.

"Estamos cientes dos relatos de ataques às instalações dos EUA no Iraque. O presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional", disse Stephanie Grisham, secretária de imprensa da Casa Branca.

O ataque ocorre horas depois do sepultamento do comandante militar iraniano, Qassim Soleimani, que foi morto em Bagdá na última sexta-feira, durante um ataque americano.

Nesta terça-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, já havia dito que os EUA estavam esperando uma eventual retaliação do Irã pela morte de Soleimani.

"Acho que devemos esperar que eles retaliem de alguma forma", disse Esper em entrevista coletiva no Pentágono. "Estamos preparados para qualquer contingência. E então responderemos adequadamente ao que eles fizerem."

Durante o funeral de Soleimani, o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, ameaçou "incendiar" apoiadores dos Estados Unidos em resposta ao ataque que matou Soleimani. "Vamos nos vingar", gritou.

Soleimani, de 62 anos, era líder da poderosa Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, unidade de elite responsável pelo serviço de inteligência e por conduzir operações militares secretas no exterior. Para justificar o bombardeiro que matou o general, os Estados Unidos o acusaram de matar soldados americanos e de estar planejando a ataques a tropas do país.

O assassinato aumentou as tensões entre os arqui-inimigos Teerã e Washington. Além de prometer vingança, o Irã anunciou que deixará de respeitar os limites impostos pelo acordo nuclear assinado em 2015, já enfraquecido desde que os EUA se retiraram unilateralmente do pacto, em maio de 2018.

Em meio às ameaças de retaliação por parte de Teerã, o presidente dos EUA, Donald Trump, avisou que os militares dos EUA fizeram uma lista de 52 locais no Irã que podem ser atacados e que as forças americanas os atingiriam "muito rápido e com muita força" se a república islâmica atacasse pessoal ou bens americanos.

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