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Israel afirma ter matado chefe da inteligência do Hamas em Gaza

Billal al-Qedra seria um dos responsáveis pelos ataques do dia 7 de outubro

16 out 2023 - 14h18
(atualizado às 20h14)
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Imagens de destruição em Khan Younis, sul de Gaza (16/10/2023)
Imagens de destruição em Khan Younis, sul de Gaza (16/10/2023)
Foto: Reuters

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam ter matado chefe da inteligência do Hamas, que seria um dos organizadores dos ataques de 7 de outubro, em meio a escalada dos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza

O comandante Billal al-Qedra foi morto durante um bombardeio em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, no domingo, 15. Qedra teria liderado os ataques a kibusts localizados próximos a fronteira com Gaza.  “Ele foi responsável pelo ataque assassino nos Kibutz Nirim e Nir Oz”, afirmou comandante da IDF

Em Khan Younis também está o grupo de brasileiros que aguarda o repatriamento ao Brasil. O local fica a apenas 2 km de Rafah, onde fica a fronteira de Gaza com o Egito. Desde a ordem de evacuação emitida por Israel para que os palestinos deixassem o norte de Gaza rumo ao sul, Khan Younis viu a sua população dobrar. 

Os ataques de Israel à Faixa de Gaza já mataram mais de 2.778 palestinos e feriram 9.938. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apela para um cessar-fogo e criação de um corredor humanitário em meio a catástrofe humanitária em Gaza.  Do lado israelense, há 1.400 mortos e 4.121.

Gaza continua bloqueada, sem eletricidade, combustível e água. Israel afirma que já autorizou o reabastecimento de água no sul de Gaza, mas os palestinos relatam que devido aos bombardeios os canos foram destruídos e o abastecimento não foi normalizado. 

Fronteira entre Israel e Líbano

O temor de uma escalada regional do conflito entre Israel e o Hamas cresce. Nesta segunda-feira, 16, o Hezbollah disse ter atacado cinco posições israelenses no norte de Israel. Fontes libanesas e a televisão elevisão al-Manar, administrada pelo Hezbollah, relataram bombardeios israelenses no norte do Líbano.

O governo israelense anunciou nesta segunda que pretende deslocar os moradores que vivem em cidades localizadas a até 2 km da fronteira com o Líbano.  

Hezbollah e Israel vêm trocando tiros através da fronteira libanesa-israelense nos últimos dias. Há relatos de que o grupo também tenha destruído câmeras de vigilância de Israel que monitoravam fronteira. No domingo, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que o país "não tinha interesse" em uma guerra com o grupo. "Se o Hezbollah escolher o caminho da guerra, pagará um preço muito alto. Muito pesado. Mas se o grupo se contiver, respeitaremos isso e manteremos a situação como está", disse.

No mesmo domingo, porém, Gallant anunciou que as forças israelenses bombardearam pontos no sul do Líbano controlados pelo Hezbollah.

Entenda os principais pontos da guerra entre Israel e Hamas;

  • O Hamas é uma organização militar, política e social que comanda a Faixa de Gaza desde 2007, quando venceu as eleições legislativas palestinas. O grupo é considerado uma organização terrorista por países da União Europeia e pelos Estados Unidos;
  • A Faixa de Gaza vive sob um intenso bloqueio terrestre, aéreo e marítimo, com restrições de entrada de suprimentos básicos, desde 2007, sendo considerada uma 'prisão a céu aberto' por analistas, pesquisadores e entidades de direitos humanos;
  • Os palestinos reivindicam a criação de seu estado (que inclui a Cisjordânia) desde 1948; 
  • Em 7 de outubro, o Hamas realiza a maior onda de ataques contra Israel, o que resultou em 1.400 israelenses mortos;
  • Benjamin Netanyahu declara guerra ao Hamas e fala em destruir o grupo; 
  • Israel intensifica o bloqueio a Faixa de Gaza cortando o abastecimento de energia elétrica, combustível e água, criando uma crise humanitária sem precedentes em Gaza;
  •  Hamas ameaça matar os reféns israelenses em retaliação à resposta militar israelense;
  •  Israel prepara uma invasão por terrestre à Gaza;
  • Entidades alertam para o risco de agravamento da crise humanitária em Gaza. Com os hospitais e necrotérios sobrecarregados, palestinos usam carros de sorvete e refrigeradores de alimentos para armazenar corpos;
  • Em dez dias de conflito,  2.808 palestinos morreram e outros  10.859 ficaram feridos. Do lado israelense, há 1.400 mortos e 4,121 feridos;
  • 3 brasileiros morreram: Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Mendes;
  • 1 milhão de palestinos deixaram as suas casas em busca de refúgio no sul de Gaza; a população total da Faixa de Gaza é de 2.3 milhões, sendo 47% crianças
  • Governo já repatriou 915 brasileiros na operação Voltando em Paz;
  • Brasil costura acordo para cessar-fogo e criação de corredor humanitário que será apresentado em reunião do Conselho de Segurança da ONU. 
Fonte: Redação Terra
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