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Israel anuncia resgate de quatro reféns em Gaza

Vítimas foram sequestradas pelo Hamas em 7 de outubro; esse foi o maior resgate de reféns vivos desde o início da guerra

8 jun 2024 - 09h42
(atualizado às 10h04)
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Fumaça em Gaza vista do sul de Israel
 14/1/2024   REUTERS/Tyrone Siu
Fumaça em Gaza vista do sul de Israel 14/1/2024 REUTERS/Tyrone Siu
Foto: Reuters

Vítimas foram sequestrados pelo Hamas no festival de música Nova em 7 de outubro. Esse foi o maior resgate de reféns vivos desde o início da guerra. Israel anunciou neste sábado, 8, o resgate de quatro reféns que foram sequestrados durante o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro do ano passado. Os reféns estavam em dois locais do campo de refugiados de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza.

Os reféns resgatados com vida são Noa Argamani, de 25 anos, Almog Meir Jan, de 21 anos, Andrey Kozlov, de 27 anos, e Shlomi Ziv, de 40 anos. Eles foram sequestrados pelo Hamas no festival de música Nova.

"Eles estão em boas condições médicas e foram transferidos para o Centro Médico Sheba Tel-HaShome para exames médicos adicionais", detalhou o Exército israelense em comunicado.

A operação foi realizada por tropas do Exército, agentes do serviço de segurança Shin Bet e a força de elite Yamam em dois pontos no coração de Nuseirat, onde o governo de Gaza relatou anteriormente dezenas de mortos e feridos em um bombardeio pesado.

"Em uma atividade operacional heroica, nossos combatentes conseguiram libertar quatro reféns do cativeiro do Hamas e devolvê-los a seus lares em Israel", comemorou o ministro da Defesa, Yoav Gallant, que acompanhou a operação da sala de comando, que foi realizada "sob fogo pesado".

O líder da oposição, o centrista Yair Lapid, também exaltou o retorno, que ele chamou de "uma grande luz na terrível escuridão", e parabenizou as forças de segurança pela "operação ousada e corajosa".

"É um triunfo milagroso. Agora, com a alegria que inunda Israel, o governo israelense deve se lembrar de seu compromisso de recuperar os reféns ainda em poder do Hamas: aqueles que vivem para sua reabilitação, e os assassinados para seu enterro", exigiu o Fórum de Famílias de Reféns e Sequestrados.

Durante o ataque de outubro, os terroristas do Hamas sequestraram cerca de 250 pessoas de diversas regiões de Israel e mataram mais de 1,2 mil. Episódio deu início à guerra na Faixa de Gaza, que já dura oito meses.

Maior regaste desde início da guerra

Após o início da guerra, Israel e Hamas chegaram a um acordo de trégua em novembro, que resultou na libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos. Além disso, quatro reféns foram libertos pelo Hamas em outubro; ao todo sete foram resgatados pelo Exército; e os corpos de 20 reféns foram recuperados, três dos quais foram mortos por engano pelas tropas israelenses.

Israel estima que cerca de 130 reféns ainda estejam com o Hamas, acreditando que um quatro deles está morto. No mês passado, Israel recuperou os corpos de sete reféns em várias operações no campo de refugiados de Jabalia, a maioria deles também sequestrada no festival Nova. Na semana passada, o país confirmou a morte de quatro prisioneiros, incluindo o de um refém brasileiro.

O anúncio do resgate ocorreu num momento em que a pressão internacional aumenta sobre Israel para limitar o derramamento de sangue civil na guerra em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, a ofensiva israelense já matou 36 mil palestinos. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, deve voltar ao Oriente Médio na próxima semana buscando um avanço nas negociações entre Israel e Hamas sobre um cessar-fogo.

A operação deste sábado foi o maior resgate de reféns vivos desde o início da guerra. Ela ocorre num momento em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também enfrenta uma pressão interna crescente para acabar com os confrontos em Gaza. Netanyahu, que tem sido regularmente criticado em Israel por priorizar operações militares em detrimento de negociações

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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