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Israel diz que não teve escolha a não ser retomar a guerra com Hamas: ‘Beco sem saída’

Ataque desta madrugada em Gaza deixou 404 mortos e 562 feridos

18 mar 2025 - 10h44
(atualizado às 11h31)
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Israel retoma guerra contra o Hamas em Gaza.
Israel retoma guerra contra o Hamas em Gaza.
Foto: Getty Images

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que o país não teve outra escolha a não ser retomar a guerra contra o Hamas. Segundo o ministro, os ataques de Israel em Gaza na madrugada desta terça-feira, 18, ocorreram porque as negociações com o grupo terrorista chegaram a “um beco sem saída”.

"Objetivos da nossa guerra não serão comprometidos [...]. Nenhum cessar-fogo e nenhum retorno dos reféns. Se continuássemos esperando, nada se moveria", alegou o ministro israelense ao informar que o Hamas rejeitou propostas para estender o cessar-fogo feitas pelos Estados Unidos.

Ao todo, o ataque desta madrugada ordenado pelo premiê Benjamin Netanyahu e pelo ministro da Defesa Israel Katz deixou 404 mortos e 562 feridos. Gideon Saar afirmou que a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza visa cumprir e “alcançar os objetivos da guerra”, de acordo com o jornal AL Jazeera.

O cessar-fogo em Gaza havia começado em 19 de janeiro e permitiu a restituição de 33 reféns de Israel (sendo oito deles mortos) e cinco da Tailândia, bem como a soltura de mais de 1,7 mil prisioneiros palestinos.

Retomada do bombardeio 

O ataque foi ordenado devido às "repetidas recusas do Hamas em libertar os reféns" e após o grupo fundamentalista islâmico ter "rechaçado todas as propostas" feitas pelos Estados Unidos e pelos mediadores.

"As Forças de Defesa Israelenses [IDF] atacaram alvos do Hamas em toda a Faixa. O objetivo é alcançar os objetivos da guerra, incluindo a libertação de todos os reféns, vivos e mortos", diz uma nota do gabinete de Netanyahu. 

As IDF também indicaram que o grupo palestino preparava novos atentados e estava se "reorganizando". Segundo a Casa Branca, Israel informou o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes dos bombardeios. 

O grupo islâmico acusou Netanyahu e seu "governo extremista" de "afundarem o acordo de cessar-fogo", expondo os reféns israelenses em Gaza "a um destino incerto".

Já os houthis, aliados do Hamas e que controlam a maior parte do Iêmen, disseram que a ação de Israel provocará uma escalada dos confrontos no Oriente Médio. "O povo palestino não será deixado sozinho nessa batalha", prometeu o grupo.

O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, também se pronunciou e declarou ter ficado "horrorizado" com os bombardeios. 

"A guerra e esse pesadelo devem acabar imediatamente. O recurso de Israel a uma força militar ainda maior acumulará mais misérias em uma população que já sofre condições catastróficas", salientou.

Turk também cobrou a libertação "imediata e incondicional" de todos os reféns israelenses. (*Com informações da Ansa)

Fonte: Redação Terra
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