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Israel e Emirados Árabes Unidos firmam acordo histórico para normalizar relações com ajuda de Trump

13 ago 2020 - 12h41
(atualizado às 18h41)
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Israel e os Emirados Árabes Unidos chegaram a um acordo de paz histórico, nesta quinta-feira, que levará a uma normalização total das relações diplomáticas entre as duas nações do Oriente Médio, em um pacto que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ajudou a intermediar.

Trump cumprimenta Netanyahu durante entrevista coletiva na Casa Branca, em janeiro deste ano
28/01/2020
REUTERS/Joshua Roberts
Trump cumprimenta Netanyahu durante entrevista coletiva na Casa Branca, em janeiro deste ano 28/01/2020 REUTERS/Joshua Roberts
Foto: Reuters

Sob o acordo, Israel concordou em suspender a aplicação de soberania a áreas da Cisjordânia que vinha discutindo anexar, disseram autoridades sêniores da Casa Branca à Reuters.

O acordo de paz foi produto de longas discussões entre Israel, Emirados Árabes e EUA, que se aceleraram recentemente, afirmaram as autoridades da Casa Branca.

O pacto foi selado em um telefonema nesta quinta-feira entre Trump, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o xeique Mohammed Bin Zayed, príncipe herdeiro de Abu Dhabi.

"Enorme avanço hoje! Acordo de paz histórico entre nossos dois grandes amigos, Israel e os Emirados Árabes Unidos", escreveu Trump no Twitter.

No Salão Oval da Casa Branca, Trump disse que as conversas entre os dois líderes foram tensas em alguns momentos e que acordos semelhantes estão sendo debatidos com outros países da região.

Uma cerimônia de assinatura que contará com delegados de Israel e dos Emirados Árabes Unidos será realizada na Casa Branca nas próximas semanas, acrescentou Trump.

"Todos disseram que isto seria impossível", disse Trump. "Depois de 49 anos, Israel e os Emirados Árabes Unidos normalizarão totalmente suas relações diplomáticas. Eles compartilham embaixadas e embaixadores e iniciam a cooperação através da fronteira".

As autoridades norte-americanas descreveram o pacto, que ficará conhecido como Acordos de Abraham, como o primeiro do tipo desde que Israel e a Jordânia assinaram um tratado de paz em 1994. O acordo também dá um trunfo de política externa a Trump em meio à sua busca pela reeleição no dia 3 de novembro.

Em seu primeiro comentário sobre o acordo, Netanyahu disse no Twitter que se trata de "um dia histórico para o Estado de Israel".

Por sua vez, o príncipe herdeiro de Abu Dhabi disse no Twitter que um acordo foi acertado e que impedirá uma nova anexação israelense de territórios palestinos.

"Durante um telefonema com o presidente Trump e o primeiro-ministro Netanyahu, um acordo foi acertado para deter uma nova anexação israelense de territórios palestinos. Os Emirados Árabes Unidos e Israel também acertaram uma cooperação e a criação de um roteiro para o estabelecimento de um relacionamento bilateral", disse.

Um comunicado conjunto emitido pelas três nações informou que os três líderes "concordaram com a normalização total das relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos".

"Este avanço diplomático histórico fomentará a paz na região do Oriente Médio e é um testemunho da diplomacia e da visão ousadas dos três líderes e da coragem dos Emirados Árabes Unidos e de Israel para traçar um novo caminho que desencadeará o grande potencial da região", disse o documento.

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