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Israel e Hamas fecham acordo para trégua e libertação de reféns

Pacto prevê pelo menos quatro dias de cessar-fogo

22 nov 2023 - 08h01
(atualizado às 16h07)
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Após um mês e meio de guerra, Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas chegaram a um acordo para uma trégua de pelo menos quatro dias nos combates na Faixa de Gaza.

Mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, o pacto prevê inicialmente a libertação de 50 reféns capturados pelo Hamas nos atentados de 7 de outubro - sendo ao menos 10 por cada dia de cessar-fogo - e de 150 palestinos mantidos como prisioneiros em Israel.

Em um segundo momento, Israel poderá soltar mais 150 palestinos, em troca da libertação de outros 50 reféns pelo grupo islâmico. "Para cada libertação de 10 reféns, haverá uma nova pausa nos combates por 24 horas", diz o texto do acordo aprovado pelo governo do premiê Benjamin Netanyahu.

Também está prevista a entrada de pelo menos 300 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza, incluindo combustível para alimentar os geradores de hospitais. A expectativa é de que os primeiros reféns sejam soltos nesta quinta (23), segundo o ministro israelense das Relações Exteriores, Eli Cohen.

O grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Hamas, disse que também se juntará à pausa no conflito.

"As disposições desse acordo foram formuladas em conformidade com a visão de resistência e determinação que busca servir o nosso povo e reforçar sua tenacidade diante da agressão", afirmou o Hamas em um comunicado.

"Mas nossas mãos continuarão no gatilho, e nossos batalhões triunfantes permanecerão alertas", ressaltou o grupo, enquanto o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, deu as boas-vindas à trégua, porém pediu "soluções mais amplas" para o conflito.

Já o presidente de Israel, Isaac Herzog, definiu o acordo como "doloroso e difícil", mas garantiu que apoia a decisão do governo Netanyahu. "Trata-se de um dever moral e ético que expressa corretamente o valor hebraico de garantir a liberdade àqueles que são mantidos como prisioneiros, com a esperança de que seja um primeiro passo significativo para resgatar todos os reféns", destacou o chefe de Estado.

Por sua vez, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse estar "extraordinariamente gratificado" pela iminente libertação de reféns, que deve contemplar três pessoas com cidadania americana, incluindo um menino. "É importante que todos os aspectos desse acordo sejam plenamente implantados", acrescentou.

A presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco "fará todo o possível para utilizar a pausa para o envio de ajudas humanitárias a Gaza", enquanto o ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani deu as boas-vindas "ao acordo após sete longas semanas".

"Agora é necessário garantir que a pausa nos combates seja utilizada para levar ajudas humanitárias a civis", declarou.

Após a trégua, o governo de Israel já disse que "continuará a guerra para resgatar todos os sequestrados, eliminar o Hamas e garantir que não haja novas ameaças de Gaza" ao país.

O conflito foi deflagrado após os atentados sem precedentes cometidos pelo grupo islâmico em 7 de outubro, que deixaram 1,2 mil mortos, em sua maioria civis. 

Balanço de Gaza

O número de vítimas em Gaza desde que Israel começou a atacar a Faixa em resposta aos ataques de 7 de outubro pelo Hamas subiu para 14.532, de acordo com o Ministério da Saúde palestino citado pelo Times of Israel.

Além disso, o Hamas relata que 35 mil palestinos foram feridos e 7 mil ainda estão desaparecidos.

Ansa - Brasil
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