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Israel: pai de Alok e fã relatam desespero em rave; 1 brasileiro está ferido e 2 desaparecidos

Festival de música eletrônica Universo Paralello acontecia próximo da fronteira sul, por onde o Hamas começou ataque

7 out 2023 - 13h34
(atualizado às 17h01)
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Juarez Petrilo, pai de Alok, participava da festa Universo Paralello quando começaram os ataques
Juarez Petrilo, pai de Alok, participava da festa Universo Paralello quando começaram os ataques
Foto: Reprodução/Instagram

Juarez Petrillo, pai de Alok, estava na edição israelense do festival de música eletrônica Universo Paralello em Tel Aviv, em Israel, quando bombardeios do conflito com o Hamas começaram. Conhecido como DJ Swarup, ele relatou: "Guerra, mano, fala sério (...) Estou em choque até agora. E as bombas não param de explodir".

Juarez é o criador do festival de trance Universo Paralello, que nasceu no ano 2000, em Goiás, se tornou um marco do subgênero da trance music, e foi ganhando mais edições pelo mundo, como a de Tel Aviv.

Também havia brasileiros entre os fãs presentes no festival durante o início dos ataques, que aconteceu perto da fronteira sul de Israel. Segundo informações do Itamaraty veiculadas na GloboNews, um brasileiro que estava no festival ficou ferido, e outros dois estão desaparecidos.

De acordo com o relato no Instagram de uma brasileira que estava na plateia do evento, Gabriela Barbosa, o festival ocorria a cerca de 20 minutos da fronteira. Ela diz que conseguiu sair do local com segurança.

"Correria, choradeira, pediram para ficarmos deitados no chão por 15 minutos, até mandarem a gente evacuar o local o mais rápido possível", ela diz. Ela afirma que viu uma mulher baleada e um carro com vidros quebrados e uma pessoa dentro durante a fuga, e que depois o Hamas chegou a invadir o local da rave.

"Gente, acabou a festa porque está tendo bombas. Estou chocado", diz o DJ, com avisos de segurança ao fundo e os presentes, inclusive ele, evacuando o local.

"Surreal! Era para ser eu tocando, mas o line-up atrasou uma hora", ele narra. Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim. Sei nem o que dizer", contou.

    Leia abaixo o relato completo de Gabriela Barboza no Instagram:

    "Gente, eu, Matan e nossos amigos estávamos muito perto da fronteira com Gaza e do nada no amanhecer da festa começam a passar mísseis no céu atirados por Gaza. Se não fosse o sistema de defesa antimíssil eu não estava escrevendo isso aqui para vocês. Simplesmente a experiência mais surreal o que eu estou vivendo. Correria, choradeira, pediram para ficarmos deitados no chão por 15 minutos, até mandarem a gente evacuar o local o mais rápido possível. Eu não consegui filmar nada porque estou em choque, mas a gente estava na edição israelense do Universo Paralello (...) Tem um grupo de militantes do Hamas que entrou por algum lugar no sul, ou seja, 20 minutos de onde estávamos, nesse momento dentro de Israel fazendo pessoas de refém e atirando nelas. Nossos amigos, enquanto evacuavam o entorno da festa, trataram uma mulher baleada na perna, a gente passou por um carro que estava do lado da estrada com os vidros todos quebrados, e alguém dentro, que a gente não tem ideia se está vivo ou morto. Dois dos nossos amigos ainda estão por lá, porque fecharam as estradas, mas estão bem. Outros dois foram atingidos por algo tentando ir para Tel Aviv, não temos notícias do que foi, eles não estão podendo falar, mas estão sendo tratados e bem. (...) Decidimos ir para o Mar Morto, onde é mais difícil dos mísseis chegarem e era mais fácil de vir, vamos ficar aqui até amanhã em princípio. Eu estou muito em choque, mas estou viva. (...) Depois que nós fomos embora, tem vídeos e relatos circulando na internet como esse. O Hamas invadiu a festa e saiu atirando nas pessoas. Nossos amigos não tiveram a mesma sorte que nós e nesse momento estão escondidos nos arredores da zona de fogo. Peço que rezem pro Deus que vocês acreditam, seja ele qual for, pra que eles saiam dessa situação o mais rápido possível. Quando os mísseis comearam todos eles tavam lá segurando minha mão e dizendo que eu tava a salvo, que tudo ia ficar bem. Tá me corroendo por dentro não poder fazer isso por eles agora. "

    Estadão
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