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Mundo

Israel refuta apelos de aliados por "pausa" no ataque a Gaza em 1ª divergência pública

"Israel se opõe a uma pausa humanitária ou a um cessar-fogo neste momento", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores

27 out 2023 - 19h55
(atualizado às 20h40)
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O premiê israelense Benjamin Netanyahu
O premiê israelense Benjamin Netanyahu
Foto: Reuters

Israel segue a linha de rejeitar pedidos de trégua em Gaza enquanto seus aliados mais próximos no Ocidente  unem-se em torno da ideia de "pausas humanitárias" ou interrupções temporárias no bombardeio.  

A crescente angústia internacional com as condições de 2,3 milhões de pessoas presas sob os ataques aéreos mais pesados que Israel já desencadeou sobre enclave do Mediterrâneo levou as grandes potências a apelar  a Israel, nesta semana, pela permissão de pausas para o fornecimento de ajuda humanitária e para a retirada de reféns israelenses detidos pelo grupo militante islâmico Hamas.

A questão abriu a primeira divisão pública sobre a campanha entre Israel e seus apoiadores -- incluindo os Estados Unidos, a União Europeia, e o Reino Unido, além de outros membros do G7 como o Japão --, após um forte alinhamento e apoio nas quase três semanas desde que os militantes do Hamas irromperam de Gaza para o sul de Israel em uma violenta invasão.

"Israel se opõe a uma pausa humanitária ou a um cessar-fogo neste momento", disse Lior Haiat, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel nesta sexta-feira, enquanto um alto funcionário israelense disse que os pedidos por uma pausa nos combates pareciam ser de "má fé".

O coro de apelos por uma pausa ocorre na esteira de dias de intensa diplomacia na sede da ONU em Nova York e em Bruxelas, e foi um compromisso selado entre os que, como a Espanha, queriam pressionar Israel a estabelecer um cessar-fogo, e aqueles que dizem que o direito de Israel à legítima defesa era a prioridade.

Israel diz que o Hamas matou cerca de 1.400 pessoas, incluindo crianças, e levou mais de 200 pessoas como reféns no ataque de 7 de outubro.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que 7.326 palestinos morreram em ataques aéreos de retaliação, incluindo cerca de 3.000 crianças. Os suprimentos de alimentos, água, combustível e medicamentos são escassos na faixa de 40 km de comprimento. 

Entenda os principais pontos da guerra entre Israel e Hamas:

  • Desde o início do conflito, mais de 7.326 palestinos morreram, sendo 3.038 crianças e 1.726 mulheres, e mais de 18 mil ficaram feridos; do lado israelense, 1.405 israelenses morreram, sendo 305 soldados e 57 policiais, e há mais de 5.431 feridos;
  • Estima-se que 220 pessoas, a maioria israelenses, foram sequestradas pelo Hamas e levadas para Gaza; apenas 4 já foram libertadas;
  • Em 21 dias de conflito cerca de 45% das residências de Gaza foram totalmente ou parcialmente destruidas;
  • O Hamas é uma organização militar, política e social que comanda a Faixa de Gaza desde 2007, quando venceu as eleições legislativas palestinas. O grupo é considerado uma organização terrorista por países da União Europeia e pelos Estados Unidos, mas não pela ONU;
  • A Faixa de Gaza vive sob um intenso bloqueio terrestre, aéreo e marítimo, com restrições de entrada de suprimentos básicos, desde 2007, sendo considerada uma 'prisão a céu aberto' por analistas, pesquisadores e entidades de direitos humanos;
  • Os palestinos reivindicam a criação de seu Estado (que inclui a Cisjordânia) desde 1948; 
  • Em 7 de outubro, o Hamas realizou a maior onda de ataques contra Israel;
  • Benjamin Netanyahu declarou guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo; 
  • Israel intensificou o bloqueio à Faixa de Gaza, cortando o abastecimento de energia elétrica, combustível e água, criando uma crise humanitária sem precedentes em Gaza, após mais de duas semanas de conflito praticamente não há mais água potável em Gaza;
  • Hamas ameaçou matar os reféns israelenses em retaliação à resposta militar israelense;
  • Entidades alertam para o risco de agravamento da crise humanitária em Gaza. Com os hospitais e necrotérios sobrecarregados, palestinos usam carros de sorvete e refrigeradores de alimentos para armazenar corpos;
Com tanques e soldados, Israel conduz exercício militar próximo da fronteira com o Líbano:
  • Cerca de 1.400 milhão de palestinos deixaram as suas casas em busca de refúgio no sul de Gaza; a população total da Faixa de Gaza é de 2,3 milhões, sendo 47% crianças;
  • Bombardeio ao Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza, deixou ao menos 500 mortos; Israel acusou a Jihad Islâmica pelo bombardeio. O grupo negou;
  • A terceira igreja mais antiga do mundo, a Igreja de São Porfírio, localizada na Faixa de Gaza, foi bombardeada na noite de quinta-feira, 19;
  • Representante palestino na ONU pediu um cessar-fogo imediato;
  • Estados Unidos vetaram a resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU; textos propostos pelos EUA e Rússia também são vetados;
  • Preparativos para a incursão terrestre em larga escala em Gaza aumenta; 
  • No dia 27 de outubro, a Assembléia Geral da ONU aprovou resolução que pede pausa humanitária em Gaza;
  • Governo já repatriou mais de 1.135 brasileiros na operação Voltando em Paz;
  • Ajuda humanitária começa a chegar em Gaza apenas no dia 20 de outubro, 13 dias após o início do conflito.

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