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Israel segue bombardeando Gaza no domingo; Hamas diz que 55 morreram

Um porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, disse que os ataques aéreos ajudariam a reduzir os riscos para as forças israelenses, que estão concentradas ao redor da fronteira.

22 out 2023 - 06h57
(atualizado às 07h43)
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Homem e mulher caminham em escombros
Homem e mulher caminham em escombros
Foto: EPA / BBC News Brasil

O grupo palestino Hamas disse que pelo menos 55 pessoas foram mortas em ataques aéreos noturnos em Gaza realizados na noite de sábado para domingo, 22, segundo a agência de notícias AFP.

O Hamas afirma que mais de 30 casas foram destruídas horas depois de Israel dizer que os ataques aéreos na Faixa de Gaza se intensificariam.

Um porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, disse que os ataques aéreos ajudariam a reduzir os riscos para as forças israelenses, que estão concentradas ao redor da fronteira. Ele disse aos civis palestinos em Gaza para continuarem se deslocando para o sul de Gaza para sua própria segurança, especialmente aqueles que vivem na Cidade de Gaza.

Os militares israelenses afirmam que os ataques aéreos noturnos mataram um importante comandante do Hamas.

Hagari disse que o vice-comandante da força de foguetes do Hamas foi morto ao lado de "dezenas de terroristas", segundo a agência de notícias Reuters e a imorensa israelense.

O Hamas é oficialmente designado como organização terrorista pelo Reino Unido, EUA e outros países.

Hagari disse que Israel estava intensificando os seus ataques a Gaza "em preparação para a próxima fase da guerra" - que deverá ser uma ofensiva terrestre. "Partiremos para a próxima fase nas melhores condições para as Forças de Defesa de Israel", disse ele.

Também houve violência na Cisjordânia.

Na manhã deste domingo, os militares israelenses afirmaram ter atacado um "complexo terrorista" em Jenin, na Cisjordânia, que supostamente incluía uma célula do Hamas dentro de uma mesquita.

Autoridades da Autoridade Palestina disseram que duas pessoas morreram quando a mesquita Al-Ansar foi atingida.

Embora Israel ataque alvos na Cisjordânia com frequência, os ataques raramente são aéreos, como em Gaza, que é controlada pelo Hamas.

Os militares israelenses disseram que os mortos pertenciam aos grupos Hamas e Jihad Islâmica e estavam organizando um "ataque terrorista iminente".

O governo de Israel afirma que o complexo que eles usavam ficava sob a mesquita e estava sendo usado desde julho. Fotos do local mostraram escombros e danos significativos ao prédio.

Israel divulgou imagens do que seriam entradas do complexo, juntamente com fotos de armas e computadores.

As IDF não confirmaram se um avião, helicóptero ou drone foi usado no ataque de Jenin no domingo, mas a imprensa israelense informou que se tratava de um caça.

Os relatórios diziam que, se confirmado o ataque com avião, esta seria apenas a segunda vez em quase duas décadas em que um caça atinge um alvo na Cisjordânia.

O ministério da saúde da Autoridade Palestina (AP) afirma que outros dois palestinos foram mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia durante a noite. Isto eleva para 89 o número total de palestinos mortos na Cisjordânia desde 7 de outubro, quando começou o conflito Israel-Hamas.

A Autoridade Palestina administra partes da Cisjordânia. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, é o líder da AP e pertence ao partido político Fatah.

A Faixa de Gaza é administrada pelo Hamas, rival do Fatah, que realizou ataques mortais contra postos militares israelenses e kibutzes perto de Gaza em 7 de outubro, matando mais de 1.400 pessoas e capturando mais de 200 reféns em Gaza.

Com as mortes deste domingo, já morreram mais de 4,3 mil pessoas em Gaza desde 7 de outubro — mais de metade dos quais são mulheres e crianças.

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