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Israelense conta como fugiu de rave atacada pelo Hamas: 'Não sei como sobrevivi'

Personal trainer participou da festa de música eletrônica invadida pelo grupo palestino em 7 de outubro

23 out 2023 - 20h21
(atualizado às 22h42)
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A personal trainer Shani Hadar sobreviveu aos ataques do Hamas contra a rave Supernova, em Israel, em 7 de outubro
A personal trainer Shani Hadar sobreviveu aos ataques do Hamas contra a rave Supernova, em Israel, em 7 de outubro
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A personal trainer Shani Hadar foi baleada, fingiu estar morta e esperou mais 10 horas para ser resgatada após os ataques do Hamas na rave Supernova Universo Paralelo Edition, que aconteceu no dia 7 de outubro, a cerca de 6 km da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. 

A mulher, que conversou com o documentarista brasileiro Gabriel Chaim em entrevista exibida no Fantástico, da TV Globo, de domingo, 22, relatou como foi a sua jornada para conseguir sobreviver aos ataques.  

Onde ela estava? Na hora dos ataques, Shani já estava dentro do carro com uma amiga. Ela acelerou para deixar o local, mas o veículo foi alvejado pelos militantes do grupo. Uma das balas atingiu o ombro da personal trainer. 

Torniquete improvisado: Mesmo ferida, Shani continuou dirigindo, utilizando apenas uma de suas mãos. Ao encontrar uma região com arbustos, ela decidiu parar o carro e escondê-lo atrás da vegetação. Ali, ela também conseguiu seguir dirigindo e se escondeu com o carro atrás de arbustos. Lá, ela usou parte de sua roupa para improvisar um torniquete e estancar o sangramento. Shani e a amiga ainda ligaram para familiares e para a polícia, pedindo por ajuda. 

Fingiu estar morta: Em um momento, elas foram encontradas por um drone do Hamas e decidiram se esconder embaixo do carro. "Eu falei para ela, 'vai para de baixo do carro', eu vou fingir que estou morta e se eles vierem assim será'", explicou Shani.

Resgate: Um dos médicos que atendeu Shani perguntou como ela conseguiu sobreviver com aquela lesão por 10 horas. "Eu te digo, eu não sei".  

Segundo autoridades israelenses, 260 pessoas morreram no ataque contra a rave e outras foram levadas como reféns.  

Até o momento, 3 brasileiros foram mortos em Israel, além de outros 3 israelenses com ascendência brasileira.

Veja quem são:

Entenda os principais pontos da guerra entre Israel e Hamas:

  • Desde o início do conflito, mais 4.651 palestinos morreram, sendo 1.756 criança, e mais de  14.245 foram feridos em Gaza. Do lado israelense, 1.405 israelenses morreram, sendo 305 soldados e 57 policiais, e há amais de 5.132 feridos;
  • O Hamas é uma organização militar, política e social que comanda a Faixa de Gaza desde 2007, quando venceu as eleições legislativas palestinas. O grupo é considerado uma organização terrorista por países da União Europeia e pelos Estados Unidos, mas não pela ONU;
  • A Faixa de Gaza vive sob um intenso bloqueio terrestre, aéreo e marítimo, com restrições de entrada de suprimentos básicos, desde 2007, sendo considerada uma 'prisão a céu aberto' por analistas, pesquisadores e entidades de direitos humanos;
  • Os palestinos reivindicam a criação de seu estado (que inclui a Cisjordânia) desde 1948; 
  • Em 7 de outubro, o Hamas realiza a maior onda de ataques contra Israel;
  • Benjamin Netanyahu declara guerra ao Hamas e fala em destruir o grupo; 
  • Israel intensifica o bloqueio a Faixa de Gaza cortando o abastecimento de energia elétrica, combustível e água, criando uma crise humanitária sem precedentes em Gaza;
  • Hamas ameaça matar os reféns israelenses em retaliação à resposta militar israelense;
  • Entidades alertam para o risco de agravamento da crise humanitária em Gaza. Com os hospitais e necrotérios sobrecarregados, palestinos usam carros de sorvete e refrigeradores de alimentos para armazenar corpos;
  • 1 milhão de palestinos deixaram as suas casas em busca de refúgio no sul de Gaza; a população total da Faixa de Gaza é de 2.3 milhões, sendo 47% crianças;
  • Bombardeio ao hospital Hospital Batista Al-Ahli, em Gaza, deixou ao menos 500 mortos; Israel acusa Jihad Islâmica do bombardeio, grupo nega;
  • Representante palestino na ONU pede um cessar-fogo imediato;
  • Governo já repatriou mais de 1.135 brasileiros na operação Voltando em Paz;
  • Estados Unidos veta a resolução brasileira no Conselho de Segurança da ONU;
  • A terceira Igreja mais antiga do mundo, a Igreja de São Porfírio, localizada na Faixa de Gaza, foi bombardeada na noite de quinta-feira, 19;
  • Hamas já libertou ao menos 4 raféns negociação foi feita por intermédio do Catar; outros 200 seguem detidos em Gaza;
  • Mais de 100 camiões aguardam no lado egípcio da fronteira de Rafah para entrar em Gaza com ajuda humanitária; Fronteira foi aperta pela primeira vez apenas no sábado, dia 20. 

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Fonte: Redação Terra
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