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Itália aprova decreto para beneficiar empresas durante pandemia

Medida prevê mobilização de recursos para empréstimos

6 abr 2020 - 19h48
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O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, aprovou nesta segunda-feira (6) um decreto que permite mobilizar recursos em benefício das empresas do país, afetadas pela crise provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Premier italiano e ministro da Economia durante coletiva de imprensa
Premier italiano e ministro da Economia durante coletiva de imprensa
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A nova medida de liquidez do governo prevê 200 bilhões de euros em garantias para empréstimos de até 90% por parte do Estado para empresas de todos os setores, sem limite de faturação, segundo revelado pelo ministro da Economia da Itália, Roberto Gualtieri.

No total, serão mobilizados 400 bilhões de euros aos negócios, sendo 200 bilhões para o mercado interno e 200 bilhões para fortalecer o mercado de exportação.

O valor se une aos 350 bilhões de euros anunciados pelo decreto "Cura Itália", que prevê medidas para combater os efeitos da pandemia na economia. Ao todo, 750 bilhões de euros serão injetados na economia italiana.

Segundo o texto, o governo fornecerá garantias de até 100% de cobertura para empréstimos de no máximo 800 mil euros. Além disso, o decreto reforça o papel da agência de investimentos estrangeira SACE na promoção da internacionalização de empresas italianas e o adiamento dos prazos fiscais para as companhias afetadas pela crise.

"Nós aprovamos a suspensão de vários pagamentos e contribuições de impostos e também estamos retendo os meses de abril e maio", explicou Conte.

De acordo com o premier da Itália, foi adotada "uma ferramenta muito eficaz para proteger todas as empresas que realizam alguma atividade estrategicamente importante", não apenas nos setores tradicionais, mas também nos setores de seguros, crédito, financeiro, água, saúde e segurança.

A Itália, um dos países mais afetados pela pandemia da covid-19, totaliza 16.523 vítimas desde o início da crise sanitária. Desde março, o governo determinou o isolamento domiciliar da população e o fechamento de todos os comércios e empresas considerados não-essenciais.

Ansa - Brasil
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