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Itália autoriza estudo com heparina para tratar coronavírus

Anticoagulante é mais um a ser testado para combater doença

15 abr 2020 - 11h07
(atualizado às 11h26)
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A Agência Italiana de Medicamentos (Aifa, na sigla em italiano) autorizou o início do estudo do uso do anticoagulante heparina para tratar os sintomas provocados pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) em pacientes com quadro de saúde moderado ou severo.

Diversos estudos são realizados na Itália com medicamentos para combater a Covid-19
Diversos estudos são realizados na Itália com medicamentos para combater a Covid-19
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O experimento avaliará a segurança e a eficácia do anticoagulante, que será usado a baixo peso molecular (biossimilar da enoxaparina sódica), em 14 centros italianos envolvidos na pesquisa. O teste, que será feito em 300 pacientes, contará com a aplicação em diversos níveis de dosagem e o medicamento será fornecido gratuitamente pela empresa Techdow Pharma, filial no país do Shenzen Hepalink Pharmaceutical Group.

A enoxaparina sódica é uma heparina a baixo peso molecular com uma elevada ação antitrombótica que, atualmente, é um dos anticoagulantes mais usados para a prevenção e o tratamento da tromboembolismo venoso (TEV) e arterial em pessoas que passaram por uma intervenção cirúrgica. Todos os 300 pacientes admitidos no experimento receberão o medicamento por via subcutânea.

O estudo será coordenado pelo professor de Doenças Infecciosas da Universidade de Bolonha e diretor da Unidade Operacional de Doenças Infecciosas do Hospital Sant'Orsola-Malpighi, Pierluigi Viale.

Segundo os especialistas, a Covid-19 causa comumente alterações na coagulação do sangue e também leva a complicações trombóticas e, por isso, por essa importância significativa tanto em questões de incidência como de relevância clínica, o estudo será feito nesse sentido.

Em janeiro desse ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a prevenção da TEV em pacientes com o coronavírus com a administração da heparina, preferivelmente, a baixo peso molecular. À luz das evidências científicas recolhidas até o momento e com os resultados encorajantes que provêm dos estudos na China, seja in vitro ou em pacientes, nasceu a ideia de promover um experimento também na Itália, aplicando, em nível terapêutico, uma dosagem média-alta do remédio.

"Uma outra peça importante do nosso arsenal terapêutico contra a Covid-19 entra agora na fase de experimentação clínica e será necessária para entender melhor tanto o seu papel e sua aplicabilidade", destaca Viale. Além da heparina, há outras medicações vem sendo testadas para tratar o novo coronavírus, como a cloroquina (e a hidroxicloroquina) e diversos antirretrovirais.

Ansa - Brasil
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