Itália bate recorde pelo 2º dia e passa dos 50,5 mil casos
Foram ainda 141 mortes confirmadas em 24 horas
Pelo segundo dia consecutivo, a Itália bateu seu recorde de casos de Covid-19 na pandemia: foram 50.599 infecções confirmadas nas últimas 24 horas, informou o boletim diário do Ministério da Saúde nesta sexta-feira (24).
Com os dois recordes consecutivos (ontem foram mais de 44 mil), a média móvel de contaminações dos últimos sete dias continua em forte alta e chegou a 32.974.
Foram ainda 141 mortes confirmadas, elevando para 136.386 as vítimas da pandemia.
A região da Sicília anunciou uma nova revisão e, das oito mortes comunicadas, quatro ocorreram no dia 22. A única boa notícia do boletim é que a taxa de letalidade caiu para 2,4%, mesmo patamar do início da crise sanitária, em fevereiro do ano passado, quando ainda poucos contágios eram notificados.
A média móvel de óbitos também está em alta e chegou a 138 (eram 135 na quinta).
Os casos ativos, que descontam mortes e curas, também estão em ritmo ascendente e somam 460.674. Destes, 450.824 estão em isolamento domiciliar, 8.812 estão sob observação médica e 1.038 estão em unidades de terapia intensiva.
Foram realizados 929.775 testes para detectar o coronavírus Sars-CoV-2, cerca de 30 mil a mais do que na quinta-feira. A taxa de positividade subiu para 5,1%.
O recorde ocorre no dia em que entraram em vigor uma série de novas regras sanitárias mais restritas, como o uso de máscaras ao ar livre e o reforço do "super passe verde", o certificado sanitário do país, para acessar diversos locais.
As medidas foram anunciadas para frear a disseminação da Covid-19 e sua nova variante, a Ômicron, que já representa quase 30% dos contágios no país.
Estudo semanal
Também nesta sexta-feira, o Instituto Superior de Saúde (ISS), órgão ligado ao governo italiano, divulgou a análise de dados da semana epidemiológica encerrada em 21 de dezembro.
Segundo o documento, já são nove semanas consecutivas de altas nos números (tanto em infecções, internações e mortes) e as faixas etárias que têm as maiores taxas de incidência de casos são as de crianças e adolescentes.
O índice está em 393 contágios a cada 100 mil habitantes entre os que têm zero a nove anos; e 404 a cada 100 mil entre os de 10 a 19 anos. Para comparação, esse número cai para 101 a cada 100 mil entre os que têm 80-89 anos e para 116 a cada 100 mil nos que têm mais de 90 anos.
O presidente do ISS, Silvio Brusaferro, destacou que os dados "dão um sinal forte de incremento da circulação do vírus" e que o crescimento é visto em 18 das 20 regiões italianas - com maior avanço no nordeste do país. .