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Itália defende apoio à cultura na retomada pós-Covid no G20

29 jul 2021 - 17h55
(atualizado às 18h22)
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O premiê da Itália, Mario Draghi, abriu nesta quinta-feira (29) o primeiro dia da inédita cúpula de Cultura do G20, em Roma, e defendeu que o apoio ao setor é fundamental para a retomada econômica pós-pandemia.

O encontro reúne os ministros de Cultura do grupo das 20 maiores economias do mundo, além de chefes de organizações internacionais, como a Unesco e a OCDE. O objetivo é debater o papel que o setor pode desempenhar na recuperação após a pandemia e como proteger os patrimônios da crise climática, entre outros assuntos.

"O apoio à cultura é fundamental para o recomeço do país. O setor de viagens e turismo responde por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega três milhões e meio de pessoas direta ou indiretamente. No Plano Nacional de Recuperação e Resiliência aprovado por União Europeia, investimos quase 7 bilhões de euros nessas atividades", disse Draghi no evento no Coliseu.

Em seu discurso, o político italiano afirmou estar "muito orgulhoso" pela primeira reunião ministerial da Cultura na história do G20 acontecer na Itália e ressaltou que a "história e beleza são partes integrantes de ser italiano".

"Quando o mundo olha para nós, ele vê primeiro toda a arte, música e literatura. Por isso, quero agradecer a todos que trabalham nos nossos teatros, nas nossas bibliotecas e nos nossos museus, porque a redescoberta do passado é uma condição necessária para a criação do futuro", enfatizou.

Draghi brincou também que toda a Itália deve ser reconhecida pela Unesco e citou o "recorde" de sítios, 58, tombados pela entidade. "Há poucos dias, brincando com o ministro Franceschini, eu disse que todo o país deveria ser considerado patrimônio da Unesco".

Além disso, o primeiro-ministro fez um alerta sobre 10 sítios italianos tombados que estão em risco devido ao aumento do nível do mar. "A proteção do patrimônio artístico também exige maior sustentabilidade ambiental. Na Itália, mais de 10 sítios do Patrimônio Mundial estão em perigo devido à elevação do nível do mar. O risco de inundações ameaça entre 15% e 20% do patrimônio cultural do nosso país".

Segundo ele, é "preciso agir para que as gerações de amanhã possam desfrutar dos tesouros que admiramos hoje".

O ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini, por sua vez, aproveitou o momento para dar boas-vindas a mais de 40 delegações e explicar que o momento é crucial e "a pandemia tornou ainda mais evidente como todos são interdependentes, como é necessário que os países trabalhem juntos, porque os problemas globais exigem respostas globais".

"Ao mesmo tempo, a pandemia também nos fez perceber o quanto a cultura é a força vital de nossas vidas. As praças vazias, os museus fechados, assim como cinemas, teatros, bibliotecas, tornaram nossas cidades tristes. É por isso que agora sabemos que a cultura será a chave do recomeço, o motor do crescimento inovador, sustentável e equilibrado", explicou Franceschini.

A expectativa é de que os setores culturais das 20 maiores economias do planeta, que representam cerca de 90% do produto interno bruto (PIB) mundial, concordem que a cultura seja um motor crucial para o crescimento sustentável, equilibrado e inclusivo.

Eles devem ressaltar que é uma prioridade proteger o patrimônio cultural contra o impacto das mudanças climáticas, desastres naturais e degradação ambiental, mas também do saque deliberado e do tráfico ilícito.

A transição digital, novas tecnologias e como facilitar o acesso universal e promover a diversidade cultural são temas a ser debatidos.

Para o ministro italiano, o objetivo do G20 é chegar à assinatura de uma declaração conjunta dos ministros e das organizações, "que inclui uma série de compromissos" e também "a estabilização da cultura".

Brasil -

O governo brasileiro enviou para o evento uma comitiva com seis pessoas, três a mais do que o estipulado pelos organizadores por causa da Covid-19.

A delegação conta com o ministro do Turismo, Gilson Machado, o secretário especial de Cultura, Mario Frias, o secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula, a chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do Ministério do Turismo, Débora Gonçalves, o assessor especial do ministério Rafael de Oliveira e o fotógrafo Roberto Castro.

A equipe brasileira só retornará ao país dois dias depois do término da cúpula de cultura.

Ansa - Brasil
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