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Itália elogia adiamento de Lei Antidesmatamento na UE

Prorrogação do prazo foi aprovada pelo Parlamento

14 nov 2024 - 14h18
(atualizado às 14h32)
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O governo italiano elogiou nesta quinta-feira (14) a decisão do Parlamento da União Europeia de adiar a entrada em vigor da Lei Antidesmatamento, que é criticada pelo governo do Brasil, em pelo menos um ano.

    Segundo o ministro italiano da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas, Francesco Lollobrigida, a medida "representa uma grande vitória para a Itália que, juntamente com muitos outros governos de diferentes origens políticas, propôs adiar a sua aplicação porque iria causar efeitos devastadores na produção e processamento agrícola".

    "O pedido de adiamento foi feito não só pelos nossos produtores, mas também pelos Estados de origem das mercadorias, reforçando a atual inaplicabilidade das regras previstas e o forte risco de encorajar um mercado paralelo ilegal", acrescentou.

    Além disso, Lollobrigida destacou que isso teria fortalecido sistemas de produção que não respeitam os direitos ambientais.

    O ministro italiano lembra que "a Alemanha, durante o G20 no Brasil, havia solicitado um adiamento de seis meses, enquanto a Itália propôs um adiamento de um ano, indicação que foi aceita".

    "Agora esperamos que o Conselho e a Comissão possam concluir rapidamente a aprovação do texto final para tornar aplicável o adiamento", concluiu.

    A prorrogação do prazo recebeu 371 votos favoráveis e 240 contrários, além de 30 abstenções, acolhendo uma proposta feita pela Comissão Europeia, poder Executivo do bloco, no inicio de outubro.

    Para confirmar o adiamento, falta apenas o aval do Conselho da UE, órgão que reúne representantes dos governos dos 27 Estados-membros.

    A Lei Antidesmatamento proibirá a importação na UE de produtos como café, cacau, borracha, carne bovina, madeira, óleo de palma e soja provenientes de áreas de desmatamento ilegal.

    De acordo com o regulamento, as empresas importadoras terão de verificar se os itens estão em linha com a legislação do país de origem e se os direitos de povos indígenas foram respeitados.

    Tanto Itália como Alemanha cobraram o adiamento para dar tempo às empresas importadoras de se adequar à normativa. .

Ansa - Brasil
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