Itália mandará membro de alto escalão à posse de Bolsonaro
Segundo subsecretário, país estará presente em nível ministerial
A Itália deve enviar um membro de alto escalão do governo para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, marcada para 1º de janeiro.
Desde a campanha eleitoral, o capitão reformado vem ensaiando uma aproximação com Roma e já trocou mensagens no Twitter com o ministro do Interior do país europeu, Matteo Salvini, que também exerce o cargo de vice premier.
Em entrevista à ANSA, o subsecretário do Ministério das Relações Exteriores da Itália, Ricardo Merlo, disse acreditar na presença de "algum alto membro do Executivo italiano" na cerimônia de posse.
Questionado se esse representante pode ser Salvini, Merlo respondeu: "Veremos: Acredito que alguém no mínimo de nível ministerial estará presente". Segundo o subsecretário, "essas coisas se decidem no último instante", mas há a intenção de estar "presente na posse de Bolsonaro com um membro importante do governo".
Em diversas ocasiões, o presidente eleito prometeu extraditar o ex-guerrilheiro Cesare Battisti, embora o italiano tenha uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux em seu favor - o STF ainda não marcou a data do julgamento que decidirá o futuro de Battisti.
"Acredito que ele deve ser extraditado, mas vamos ver como evoluem as coisas", ressaltou Merlo. O subsecretário ainda disse que o Brasil é um país "estratégico para a Itália" e que há "boas perspectivas" para as relações com o novo governo.
"Esperamos, com esse novo governo, aumentar as relações comerciais e culturais", afirmou.