Itália proíbe 'boca a boca' em primeiros socorros
Objetivo é reduzir risco de contágio pelo novo coronavírus
O Ministério da Saúde da Itália proibiu a prática da respiração "boca a boca" para diminuir o risco de contágio pelo novo coronavírus durante operações de primeiro socorro.
As novas diretrizes estão em uma circular do governo que modifica provisoriamente os protocolos de reanimação e atendimento em casos de obstrução das vias respiratórias, parada cardíaca ou afogamento.
No documento, o Ministério da Saúde diz que a compressão torácica deve ser feita "sem a ventilação", ou seja, evitando respiração "boca a boca ou boca nariz". A única exceção é no socorro a crianças e bebês.
Além disso, a circular afirma que a massagem cardíaca deve ser feita considerando a pessoa afetada como "potencialmente infectada". Neste caso, os socorristas devem usar "dispositivos de proteção individual para evitar exposição ao aerossol gerado pelos procedimentos".
"É oportuno apoiar sobre o rosto da pessoa socorrida uma máscara ou uma tela, evitando a possível saída de gotas", acrescenta o documento. Em afogamentos, o resgate deve ser feito com máscara e bocal para minimizar o risco de transmissão por secreções respiratórias.
Se o socorrista não for um operador sanitário, o Ministério da Saúde recomenda "verificar o estado de consciência e a presença de respiração sem se aproximar do rosto da vítima".