Itália quer 'reciprocidade' para liberar vacinas não autorizadas pela UE
Chefe da agência sanitária diz que assunto está sendo debatido
O diretor-geral da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa), Nicola Magrini, afirmou nesta quinta-feira (14) que está sendo avaliada a possibilidade de liberar o "passe verde", o certificado sanitário do país, para quem tomou vacinas anti-Covid não autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
A medida beneficiaria quem recebeu doses das fórmulas produzidas na China, como as da Sinovac Biotech, que no Brasil é chamada de CoronaVac, e da Sinopharm, e na Rússia, como a Sputnik V.
"Acredito que isso terá uma evolução favorável. Está em andamento a avaliação e acredito que será avaliada favoravelmente a ideia de reciprocidade entre os Estados. Isso é importante também na ótica de política externa e não só vacinal", disse Magrini durante um encontro médico no país.
Essa não é a primeira vez que membros de órgãos do governo afirmam que está sendo avaliada a possibilidade de liberar a entrada de pessoas que tomaram as vacinas, especialmente, as chinesas. Isso porque os imunizantes têm a autorização de uso da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas não da EMA.
No caso da Sputnik V, porém, não há liberação de nenhuma das duas agências.
Atualmente, a Itália aceita em seu "passe verde" as vacinas da Pfizer/BioNTech, da Moderna, da Oxford/AstraZeneca - inclusive a produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) -, e da Janssen. .