Itália recorda 3º aniversário de avalanche no Rigopiano
Tragédia em hotel matou 29 pessoas em 18 de janeiro de 2017
A Itália relembrou neste sábado (18) o terceiro aniversário da avalanche sobre o hotel Rigopiano, em Farindola, que deixou 29 mortos no dia 18 de janeiro de 2017.
Parentes das vítimas e sobreviventes fizeram uma procissão com 29 velas, depositaram flores em frente ao hotel e seguiram para a igreja de San Nivola Vescovo para participarem de uma cerimônia religiosa.
"Sempre há muita dor. Vivemos a dor todos os dias. Eu sou um milagre: dos funcionários que trabalhavam eu sou o único sobrevivente. Foram cinco dias infinitos e vivi dia após dia na esperança de encontrar o maior número possível de pessoas vivas", contou Fabio Salzetta, um dos trabalhadores do Rigopiano, que sobreviveu à tragédia.
Entre as vítimas está sua irmã Linda, que também trabalhava no local. Na época, Salzetta permaneceu no hotel durante dias para ajudar os socorristas a procurar os desaparecidos, principalmente pelo seu conhecimento da estrutura. O hotel ficava na cidade de Farindola, na Cordilheira dos Apeninos, e foi completamente destruído por uma avalanche, provavelmente causada por três fortes terremotos que haviam atingido a região de Abruzzos na mesma manhã. A tragédia deixou 29 mortos, e nove pessoas foram resgatadas com vida dos escombros - outros dois homens escaparam porque estavam fora do Rigopiano no momento do deslizamento. O Ministério Público abriu inquéritos para apurar suspeitas que vão desde construção abusiva até falhas na prevenção de avalanches e no resgate dos hóspedes e funcionários. No entanto, em dezembro passado, o juiz do Tribunal de Pescara, Nicola Colantonio, arquivou acusações contra 22 pessoas no inquérito.
"Esperamos, de fato, justiça. Que os culpados do que não foi feito para evitar as 29 vítimas sejam punidos", concluiu Salzetta.