Itália tem protesto contra políticas educacionais de Meloni
Estudantes também condenam apoio a Israel na guerra
Centenas de estudantes foram às ruas nesta sexta-feira (15) nas principais cidades da Itália para participar do "No Meloni Day", um protesto convocado pelos sindicatos contra a política educacional do governo da primeira-ministra Giorgia Meloni e o seu apoio a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Em Roma, manifestantes gritam dizeres como "Queremos poder", "Vamos libertar o país", "Dia Sem Meloni", atrás de uma faixa com a inscrição: "Contra um governo de fascistas e sionistas". O grupo também carrega fotos da premiê pintada com tinta vermelha e muitas bandeiras palestinas.
"Mais direitos para os estudantes, mais qualidade para as escolas. Já não acreditamos em vocês", dizia outro cartaz.
Os jovens também falaram ser contra o "governo de guerra, os cortes e as reformas universitárias".
"Não queremos escolas das séries A e B. Hoje estamos aqui em Roma e em muitas outras cidades italianas, mais de 35, para demonstrar um forte desacordo estudantil em relação às políticas do governo Meloni", gritaram.
Em Milão, a marcha exibiu fotos de Meloni com o rosto manchado de tinta vermelha e bombas de fumaça coloridas, atrás de uma faixa que dizia "Estudantes em rebelião contra a repressão, o genocídio e o mérito".
Além da imagem, apareceram também os rostos dos ministros da Universidade e Pesquisa, Anna Maria Bernini, e da Educação e Mérito, Giuseppe Valditara, todos pintados para simbolizar o sangue derramado.
Já em Turim, houve momentos de tensão devido a atos de vandalismo dentro de um estabelecimento de fast food durante o protesto.
Cerca de 15 policiais tiveram que ser levados para o pronto-socorro de um hospital depois de confrontos com estudantes. Uma bomba de fumaça foi supostamente jogada contra os agentes na Piazza Castello, no lado de fora do escritório da Prefeitura.
Os confrontos começaram quando alguns dos jovens foram repelidos após tentarem romper um cordão de segurança e chegar à porta do prédio.
Na mesma cidade, os estudantes também atingiram veículos policiais com mastros de bandeira do lado de fora dos escritórios da emissora estatal Rai, causando alguns danos. Já em frente ao Museu do Cinema, eles retiraram a bandeira italiana da entrada e colocaram a da palestina no lugar.
Em meio à violência, Meloni disse que "os políticos de esquerda deveriam parar de supostamente justificar a violência. "Ainda hoje assistimos a cenas inaceitáveis de violência e caos em algumas praças, por parte dos desordeiros habituais", disse ela nas redes sociais.
A premiê italiana destacou que "vários agentes da lei acabaram na sala de emergência devido a dispositivos explosivos e confrontos. "A minha total solidariedade vai para todos os agentes feridos, com a esperança de uma rápida recuperação.
Espero que certos políticos deixem de proteger ou justificar esta violência e se unam inequivocamente na condenação de episódios tão graves e indignos", concluiu. .