Italianos são presos por corrupção do Catar no Parlamento Europeu
A polícia de Bruxelas cumpriu uma série de mandados nesta sexta-feira (9) e prendeu ao menos quatro italianos como parte de uma investigação por suspeita de corrupção do Catar no Parlamento Europeu.
Entre os alvos da operação estão: o ex-eurodeputado italiano Antonio Panzeri; o atual da Confederação Sindical Internacional (CSI ou Ituc), Luca Visentini; Niccolò Figà-Talamanca, da ONG "No Peace Without Justice"; além da vice-presidente do Parlamento Europeu, Eva Kaili, e seu companheiro, o italiano Francesco Giorgi, assistente parlamentar dos socialistas.
Já em Bergamo, na Itália, foram detidas a esposa e a filha de Panzeri, Maria Colleoni, 67 anos, e Silvia, 38, respectivamente, por ligação a uma associação criminosa. As duas foram levadas para o presídio da região.
O anúncio foi feito pelo jornal Le Soir, citando informações do inquérito, cujas suspeitas apontam "que um país do Golfo tenha tentado influenciar as decisões econômicas e políticas do Parlamento Europeu".
Segundo a publicação, o país em questão é o Catar, sede da Copa do Mundo de 2022. Ao todo, a polícia judiciária efetuou 16 buscas domiciliares em Bruxelas, nas quais foram apreendidos celulares, cerca de 600 mil euros em espécie e equipamentos de informática.
Em comunicado, o Ministério Público informou que a investigação focou "nos assistentes parlamentares que trabalhavam no Parlamento Europeu", em um inquérito por supostos atos de "organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro".
De acordo com as autoridades, o grupo teria feito isso "pagando quantias substanciais de dinheiro e oferecendo presentes importantes a terceiros com uma posição política ou estratégica importante dentro do Parlamento Europeu". .