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Japão adotará abordagem seletiva para exames de coronavírus

8 jun 2020 - 11h41
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O Japão decidiu não realizar exames generalizados de coronavírus e vai visar os mais vulneráveis e os grupos de risco na tentativa de evitar uma segunda onda de infecções, disse o ministro encarregado das políticas de combate à crise de saúde.

Homem é submetido a teste de Covid-19 durante simulação de instalação em Yokosuka, no Japão
23/04/2020
REUTERS/Issei Kato/File Photo
Homem é submetido a teste de Covid-19 durante simulação de instalação em Yokosuka, no Japão 23/04/2020 REUTERS/Issei Kato/File Photo
Foto: Reuters

Atualmente, o Japão está bem atrás de outras grandes economias quanto ao número de exames de coronavírus finalizados, o que leva alguns críticos a dizerem que o país não faz o suficiente para rastrear o vírus e prevenir focos.

O ministro da Economia japonês, Yasutoshi Nishimura, que também supervisiona as políticas de enfrentamento do coronavírus, defendeu a abordagem do país, dizendo que realizar exames moleculares em toda a população seria difícil.

Mesmo se alguém tiver um diagnóstico inicial negativo, pode ter um exame positivo dias depois, dependendo de seu comportamento neste período. O ideal seria o país examinar a população inteira de uma vez e isolar os casos positivos, mas isso seria "realisticamente impossível", disse.

"É, portanto, importante fazer com que aqueles sob risco maior (de serem infectados) ou considerados pelos médicos como uma necessidade imediata possam ser examinados", disse Nishimura à Reuters em uma entrevista exclusiva concedida no sábado.

"Não compartilho a visão de que todos deveriam receber exames PCR (moleculares) independentemente de suas condições. O essencial é a abrangência com que realizamos estes exames, o que estamos debatendo agora".

O Japão tem uma capacidade máxima diária de exames de mais de 27 mil casos, mas atualmente se realizam no máximo cerca de 10 mil, o que Nishimura disse se dever a um declínio acentuado no número de infecções novas.

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