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Javalis Selvagens viram astros da internet após resgate de caverna

10 ago 2018 - 13h48
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Os 12 meninos e o treinador que passaram mais de duas semanas presos em uma caverna da Tailândia se transformaram em estrelas das redes sociais após o resgate, que nesta sexta-feira (10) completa um mês.

Os protagonistas da milagrosa operação de salvamento, que se transformará em filme e também será tema de um museu, retomam pouco a pouco a normalidade de suas vidas, mas com uma grande diferença: o aumento no número de seguidores em seus perfis no Facebook e no Instagram.

"Agradeço a todo o mundo", disse, na quarta-feira, a seus quase 150 mil seguidores no Facebook, Ekapol "Ake" Chanthawong, treinador do time de futebol Javalis Selvagens, onde jogam os meninos resgatados.

"Voltamos à escola", publicou Adul Sam-on, de 14 anos, em seu perfil no Instagram, no qual aparece junto com alguns companheiros de aventura. Seu perfil já recebeu quase 40 mil likes.

Em um mosteiro budista, os meninos homenageiama memória do mergulhador tailandês que morreu durante os trabalhos de resgate - REUTERS/Soe Zeya Tun/Reuters/Direitos reservado)

Ake e Adul, junto com outros dois rapazes, receberam nesta semana seus documentos de identidade tailandesa, o que lhes garante o acesso a direitos e serviços básicos, pois os mesmos tinham status de apátridas.

"Ficarei um tempo sem postar fotografias porque tenho deveres a fazer", escreveu Duangphet Promthep, de 13 anos, às 314 mil pessoas que seguem seu perfil no Instagram.

Professores e colegas de escola deram as boas-vindas na segunda-feira aos 12 estudantes, durante um evento no qual ganharam novos uniformes, material escolar e camisas de futebol do time alemão Bayern de Munique.

Os responsáveis pela educação dos garotos fizeram um plano de estudos para que eles recuperem o tempo que passaram presos na caverna.

Missão de salvamento

Ake, de 26 anos, e os 12 meninos, que têm entre 11 e 16 anos, entraram na caverna Tham Luang, na província de Chiang Rai, no norte do país, durante uma excursão no sábado, 23 de junho, após o treino de futebol. Mas uma tempestade súbita caiu e inundou o caminho de saída da gruta.

Após nove dias de buscas, uma expedição formada por dois mergulhadores britânicos localizou o grupo em um terreno seco, distante mais de quatro quilômetros da entrada da caverna.

O treinador e os "javalis" estavam fracos e cansados pela falta de alimentos, já que, durante o tempo em que passaram perdidos na escuridão da caverna, só encontraram água.

As equipes de resgate traçaram um plano para que os "javalis" recuperassem suas forças enquanto estudavam a maneira mais segura de retirá-los do interior da montanha, pressionados pela possibilidade de que novas chuvas voltassem a inundar a caverna, já que a Tailândia está em plena temporada das monções.

Sedados, acompanhados por dois mergulhadores durante as imersões e transportados em macas pelas galerias, os garotos  foram saindo em pequenos grupos: no dia 8 de julho foram quatro resgatados, no dia 9 outros quatro e no dia 10 o restante, entre eles o treinador.

"Tornamos possível o impossível", anunciou, entre aplausos, Narongsak Ossottanakorn, porta-voz oficial da missão, aos jornalistas de todo o mundo, que seguiram minuto a minuto as operações de resgate.

As imagens dos jovens raspando a cabeça e vestindo as túnicas alaranjadas voltaram a dar a volta ao mundo quando os "javalis" entraram, no fim de julho, em um mosteiro budista para honrar a memória de Samar Gunan, o experiente mergulhador tailandês que morreu durante os trabalhos de salvamento.

Museu

Como parte do entusiasmo gerado na Tailândia pelo resgate exemplar, as autoridades iniciaram no início do mês a construção de um museu dedicado à arriscada missão na qual participaram mais de 1.300 pessoas e que deve abrir as portas antes do fim do ano.

O museu será construído na parte externa da caverna e contará com pinturas, fotos, roupas e equipamentos das equipes de salvamento e uma estátua do falecido Samar Gunan.

Uma representante do Ministério da Cultura tailandês disse à Agência Efe que as autoridades formarão um comitê para "estudar os diferentes projetos" apresentados por várias companhias de cinema para produzir uma série de filmes e documentários sobre a missão.

Agência Brasil Agência Brasil
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