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Juiz argentino suspende desmatamento do Chaco em decisão rara

19 ago 2024 - 19h22
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Um juiz federal argentino ordenou nesta segunda-feira a suspensão do desmatamento na província do Chaco, no norte do país, em uma rara decisão para proteger um dos ecossistemas de floresta que está sendo mais rapidamente destruído para abrir espaço ao plantio agrícola.

A decisão pouco usual, ainda que com precedentes, foi divulgada oficialmente no site oficial do promotor público. Ela ocorre em meio a uma investigação de um esquema suspeito de corrupção, pública e privada, que envolve empresários e autoridades locais que estariam lucrando com o desmatamento.

A província do Chaco é parte do grande chaco americano, a maior região de floresta na América do Sul depois da Amazônia, que se estende entre Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil. Ela tem uma das piores taxas de desmatamento do mundo.

O ecosistema de floresta seco conta com uma ampla gama de vida selvagem, incluindo panteras, raposas, lobos guará, jaguatiricas, antas, tatus, capivaras e pumas, entre outros.

Os promotores estão investigando antigas e atuais autoridades locais e grandes empresas, especialmente do setor de grãos, por lucros ilegais, abuso de autoridade e improbidade administrativa.

"O juiz ordenou a suspensão total do desmatamento na província do Chaco", disse Enrique Viale, presidente da associação argentina de advogados ambientalistas, que apresentou a denúncia inicial.

"Isso vai garantir que o dano ambiental não siga acontecendo durante a investigação. Vamos continuar até acabar com essa máfia e eliminar o desmatamento".

As principais atividades econômicas da província do Chaco, que tem uma área de 100 mil quilômetros quadrados, são a silvicultura, a pecurária, a produção de soja, de algodão, de lenha e de taninos.

O governo do Chaco não respondeu imediatamente ao pedido de comentários.

De acordo com dados da ONG Fundación Vida Silvestre, apesar da lei de proteção de florestas da Argentina, o Gran Chaco pedeu 30% das suas florestas, com 76% do desmatamento sendo realizado ilegalmente entre 2007 e 2021.

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