Juíza do Texas impede execução de homem em caso de síndrome do bebê sacudido
Uma juíza do Estado norte-americano do Texas bloqueou temporariamente a execução de um homem que se tornaria a primeira pessoa submetida à pena capital nos Estados Unidos por um assassinato atribuído à síndrome do bebê sacudido.
A magistrada Jessica Mangrum emitiu o efeito suspensivo temporário horas antes de Robert Roberson ser executado, segundo seu gabinete.
Nesta quinta-feira, a Suprema Corte negou o pedido de Roberson de suspender sua execução, que estava marcada para as 18 horas no horário local.
Um porta-voz do Departamento de Justiça Criminal do Texas, que realiza as execuções, disse em um e-mail que o Estado planeja recorrer da ordem de restrição e que a execução ainda poderia ser realizada na quinta-feira se um tribunal superior a anulasse.
O gabinete do governador do Texas, Greg Abbott, e o gabinete do procurador-geral do Texas não responderam a pedidos de comentários.
Roberson, de 56 anos, foi condenado por matar sua filha de 2 anos, Nikki, em 2002. A promotoria afirma que ele a levou para o hospital, onde exames mostraram que ela tinha uma lesão cerebral do tipo que indicava que a bebê havia sido violentamente sacudida.
Dias antes de sua morte, um médico diagnosticou Nikki com infecção viral e febre. Roberson alega há tempos que, na manhã de sua morte, ele a encontrou depois de ela cair da cama.
Muitos parlamentares da Câmara dos Deputados do Texas, controlada pelo Partido Republicano, questionaram sua condenação. Uma comissão da Casa tentou ganhar tempo, emitindo uma intimação para que ele testemunhasse no órgão na semana que vem.
O principal detetive que ajudou a obter a condenação de Roberson afirmou, posteriormente, acreditar que ele é inocente.