Justiça atende pedido de Trump sobre ação do FBI
Uma juíza federal acatou o pedido do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para nomear um "mestre especial" para examinar os documentos apreendidos em sua residência em Mar-a-Lago pelo FBI, informou a CNN nesta segunda-feira (5).
A decisão foi tomada pela magistrada Aileen Cannon e bloqueia temporariamente o Departamento de Justiça de revisar ou usar o material apreendido para fins investigativos, até que o exame dos documentos pelo mestre especial seja concluído ou até uma nova ordem judicial.
Esse terceiro independente examinará "a propriedade apreendida para itens e documentos pessoais e material potencialmente privilegiado sujeito a reivindicações de advogado e cliente e/ou privilégio executivo", acrescentou ela.
A magistrada explicou ainda que sua ordem não impediria uma revisão contínua de documentos classificados encontrados na residência de Trump e a avaliação de qualquer possível dano à inteligência dos EUA pelo Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional.
O Departamento de Justiça (DOJ) se opôs, argumentando que um perito jurídico externo não é necessário, em parte porque os funcionários da instituição já concluíram o exame para identificar os documentos cobertos pelo privilégio presidencial, aqueles que o magnata quer restituição.
Além disso, o DOJ informou que a decisão pode diminuir o ritmo da investigação, mas é improvável que afete as decisões da investigação ou o resultado final da investigação.
A justiça americana conduz uma investigação criminal sobre a remoção de registros da Casa Branca para a residência de Trump em Mar-a-Lago, em Palm Beach, quando ele deixou o cargo em janeiro de 2021. Por lei, esses registros deveriam ter sido entregues ao Arquivo Nacional e Administração de Registros no final do mandato do republicano. .