Justiça da França mantém condenação de Sarkozy a 3 anos
Ex-presidente perdeu recurso e deve usar tornozeleira eletrônica
O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy teve seu recurso negado pela Justiça, que manteve a condenação de três anos de prisão por corrupção e tráfico de influência.
O Tribunal de Apelações de Paris optou em seguir com a sentença proferida no julgamento em primeira instância, ocorrido em março de 2021.
Dois anos da condenação foram suspensos pelas autoridades francesas, e Sarkozy poderá usar tornozeleira eletrônica em vez de ser encaminhado para a prisão pelo ano restante da pena.
A decisão da corte também impede que o ex-mandatário concorra a cargos políticos pelos próximos três anos.
Sarkozy, que foi presidente da França entre 2007 e 2012, sempre se declarou inocente no escândalo das escutas telefônicas.
O ex-presidente de 68 anos de idade deve recorrer da condenação ao mais alto tribunal do país, de acordo com seus advogados.
O processo contra Sarkozy iniciou a partir das investigações sobre o suposto financiamento líbio à sua campanha em 2007. Seis anos mais tarde, magistrados apreenderam um celular do ex-presidente e descobriram que ele usava uma linha secreta com o nome de "Paul Bismuth" para se comunicar com seu advogado, Thierry Herzog.
A acusação diz que o ex-chefe de Estado, por meio de Herzog, teria prometido ao então procurador na Corte de Cassação, Gilbert Azibert, um cargo no Principado de Mônaco.
Em troca, Azibert teria passado informações sigilosas sobre um inquérito que apurava supostas doações ilegais da empresária Liliane Bettencourt (1922-2017) para uma campanha eleitoral de Sarkozy. .