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Justiça da Venezuela emite mandado de prisão contra Edmundo González; Brasil vê como "inaceitável"

Opositor não compareceu a três convocações para depor sobre site que publicou supostas atas da eleição presidencial realizada em 28 de julho; candidato nega todas as acusações

3 set 2024 - 08h43
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A Justiça da Venezuela emitiu um mandado de prisão contra o opositor Edmundo González nesta segunda-feira (2). A medida foi tomada após o Ministério Público venezuelano solicitar oficialmente a prisão do candidato, acusado dos crimes de usurpação de funções, falsificação de documento público, instigação à desobediência às leis, associação para a prática de crime e formação de quadrilha. González nega todas as acusações.

O candidato da oposição, que recentemente disputou a Presidência da Venezuela contra Nicolás Maduro, está sendo investigado pelo site Resultados com VZLA
O candidato da oposição, que recentemente disputou a Presidência da Venezuela contra Nicolás Maduro, está sendo investigado pelo site Resultados com VZLA
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

O candidato da oposição, que recentemente disputou a Presidência da Venezuela contra Nicolás Maduro, está sendo investigado pelo site Resultados com VZLA. O portal publicou supostas atas da eleição presidencial realizada em 28 de julho. A Justiça quer que González explique essas publicações, mas ele não compareceu a três convocações para depor. A oposição venezuelana acusa o atual governo de fraude eleitoral.

Oposição critica mandado de prisão

María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, manifestou sua indignação com o mandado de prisão contra Edmundo González. Em uma publicação na rede social X, ela pontuou que "Maduro perdeu todo o contato com a realidade. O mandado de prisão emitido pelo regime para ameaçar o presidente eleito Edmundo Gonzalez cruza uma nova linha que só fortalece a determinação do nosso movimento".

María acrescentou: "Venezuelanos e democracias ao redor do mundo estão mais unidos do que nunca em nossa busca pela liberdade". As informações são da correspondente Luciana Taddeo da CNN.

Brasil vê prisão de González como "inaceitável"

A ordem de prisão contra Edmundo González foi classificada como "inaceitável" e "péssimo sinal" por pessoas próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a CNN, o governo brasileiro avalia soltar uma nota oficial, nesta terça-feira (3), demonstrando preocupação com o aumento das tensões.

O principal temor é em relação ao crescente autoritarismo do governo de Nicolás Maduro, mas a situação coloca o Palácio do Planalto e o Itamaraty diante de um "dilema", segundo fontes do governo. Há uma intenção de manifestar descontentamento com as recentes ações de Maduro, sem, no entanto, contribuir para o isolamento internacional da Venezuela ou interromper completamente o diálogo.

O Brasil seguirá sem reconhecer a vitória de Maduro e continuará exigindo a divulgação das atas eleitorais. No entanto, não há intenção de adotar uma postura mais rígida, como declarar a Venezuela uma ditadura ou reconhecer González como presidente legítimo.

Os assessores de Lula destacam três motivos centrais para preservar o diálogo com o governo Maduro: as longas fronteiras que Brasil e Colômbia compartilham com a Venezuela, o que pode intensificar a migração e as tensões geopolíticas na região; a situação delicada da embaixada argentina em Caracas, sob proteção brasileira e abrigando seis opositores perseguidos pelo regime venezuelano; e a necessidade de manter um canal de comunicação, mesmo que restrito, para que o Brasil possa, no futuro, desempenhar um papel crucial na defesa de direitos mínimos dos opositores, caso o cenário político no país se agrave ainda mais.

Atualmente, tanto no Planalto quanto no Itamaraty, prevalece a percepção de que Maduro não está disposto a negociar e pretende, com o apoio de seu círculo próximo, manter-se no poder. Essa postura difere das expectativas criadas após as eleições de 28 de julho, quando se acreditava que, em caso de derrota, Maduro poderia considerar uma solução negociada.

Perfil Brasil
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