Justiça estende prisão de Carlos Ghosn até 22 de abril
Brasileiro foi detido sob a acusação de má conduta financeira
Um Tribunal de Tóquio anunciou a prorrogação do período de detenção do ex-presidente da Nissan, da Renault e da Mitsubishi Carlos Ghosn por mais oito dias, em decorrência de novas acusações sobre má conduta financeira. Com a decisão, os procuradores terão até o próximo dia 22 de abril para apresentar uma denúncia formal contra o brasileiro ou libertá-lo. Ghosn havia passado 108 dias na cadeia e sido libertado em 6 de março, mediante pagamento de fiança de 1 bilhão de ienes (equivalente a mais de R$ 33 milhões), mas acabou detido novamente no último dia 4 de abril, após mais uma acusação.
Segundo a nova denúncia, US$ 5 milhões enviados por uma subsidiária da Nissan para uma distribuidora de veículos em Omã foram desviados para uma companhia controlada por Ghosn. Antes disso, ele já era acusado de ter subnotificado rendimentos e de ter transferido recursos ilegalmente para a Arábia Saudita.
O brasileiro de 65 anos alega inocência. No entanto, neste sábado (13), a Justiça rejeitou a apelação de seus advogados contra a prorrogação da prisão. Com isso, sua defesa terá que fazer um novo pedido de fiança. Em função do escândalo, o brasileiro foi demitido da presidência da Nissan e da Mitsubishi e renunciou ao comando da Renault - as três montadoras formam uma aliança automotiva.