Justiça mantém lei que proíbe TikTok nos EUA a partir de domingo
Biden disse que não vai aplicar a medida, deixando-a a Trump
A Suprema Corte dos Estados Unidos confirmou, por unanimidade, nesta sexta-feira (17), a lei que proíbe a plataforma de vídeos TikTok de operar no país a partir de 19 de janeiro, rejeitando o recurso da empresa que havia pedido a abolição da regra em nome da liberdade de expressão.
Segundo a legislação, para que a rede social que conta com 170 milhões de usuários em território americano pudesse continuar ativa, a ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, deveria ter vendido as operações do app nos EUA para uma companhia local, o que não ocorreu.
No entanto, nas últimas semanas, ventilou a possibilidade da venda da plataforma a Elon Musk, dono do X, que foi negada pela companhia da China.
Trump, com quase 15 milhões de seguidores na rede social, estuda utilizar uma ordem executiva para suspender por 60 a 90 dias a proibição do TikTok, contrariando o posicionamento adotado em seu primeiro mandato (2017-2021), quando tentou bloquear o aplicativo nos EUA e forçar a venda para empresas americanas.
Mas a três dias do fim de seu mandato, Joe Biden anunciou que não irá aplicar a proibição do TikTok no domingo (19), um dia antes da posse de Trump, deixando ao próximo presidente o destino da rede social.
A medida da Suprema Corte foi anunciada poucas horas depois da conversa do presidente eleito do país com seu homólogo chinês, Xi Jinping, que, segundo o republicano, "foi muito positiva" para ambos os países.
"Conversamos sobre equilíbrio comercial, fentanil, TikTok e muitos outros temas. O presidente Xi e eu faremos tudo o que pudermos para tornar o mundo mais pacífico e seguro", escreveu o magnata no Truth sem dar mais detalhes.
Apesar da aproximação entre os dois líderes, Xi recusou o convite de Trump para comparecer a sua cerimônia de posse, marcada para a próxima segunda-feira (20). Outro convidado é o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, que caso compareça, terá um lugar de honra no palco, ao lado de ex-presidentes, familiares e outros convidados importantes. .