Justiça peruana dá prazo de 15 dias para 'morte digna' de paciente após médicos se recusarem a desligar respirador
Maria Benito, de 65 anos, conseguiu o direito de ter respirador desligado, mas profissionais alegam "objeção de consciência"
A Justiça peruana determinou um prazo de 15 dias para que a seguradora pública de saúde do país desligue os aparelhos que mantêm a paciente Maria Teresa Benito Orihuela viva. A medida judicial ocorreu depois que os médicos se recusaram a cumprir uma sentença proferida em primeiro de fevereiro, que acatava o desejo de Orihuela por uma "morte digna". Aos 65 anos, ela sofre de esclerose lateral amiotrófica em estágio avançado e usa um respirador. As informações são do jornal La República.
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O Superior Tribunal de Justiça de Lima estabeleceu um prazo até o dia 7 de maio para que a seguradora pública de saúde do país desligue os aparelhos que mantêm Maria Teresa Benito Orihuela viva.
Todos os 12 médicos do hospital Edgardo Rebagliati se recusaram a atender ao pedido de "morte digna" da paciente, alegando "objeção de consciência".
O conteúdo das cartas dos médicos, que detalham os motivos da recusa, chamou a atenção do tribunal. "Eram todos praticamente iguais, como se tivessem sido escritos por uma única pessoa e só a assinatura fosse diferente", disse uma fonte do judiciário ao jornal peruano.
A advogada da paciente já solicitou também que um médico particular seja autorizado a desligar os aparelhos de Benito.