Kiev é bombardeada antes de nova rodada de negociações
Ataques de artilharia contra a capital e outras cidades voltaram a acontecer entre a noite de quarta e a madrugada de quinta-feira, 3, quando delegações diplomáticas russa e ucraniana se encontram em Belarus
Refugiados da guerra em avião com destino a Israel
Foto: Ronen Zvulun
Barricadas na cidade de Odessa
Foto: Iryna Nazarchuk
O rosto de Volodymyr Zelenski, presidente da Ucrânia, em um muro de Montenegro
Foto: Stevo Vasiljevic
Socorristas procuram por vítimas de bombardeio em Sumy, na Ucrânia
Foto: Ukraine Ministry of Internal Affairs
Dia 7/3 - Carrinho de bebê abandonado fotografado em Irpin, próximo a Kiev
Foto: Carlos Barria
Dia 6/3 - Uma mulher e duas crianças morreram durante bombardeio em Irpin
Foto: Andrea Filigheddu/NurPhoto
Dia 6/3 - Soldados ucranianos celebram casamento no front próximo a capital Kiev
Foto: Mykola Tymchenko
Dia 5/3 - Refugiados atravessam uma ponte destruída ao tentar deixar a cidade de Irpin
Foto: Jedrzej Nowicki/Agencja Wyborcza
Dia 5/3 - Um centro esportivo foi destruído durante a invasão russa na cidade de Kharkiv
Foto: Oleksandr Lapshyn / Reuters
Dia 5/3 - Tanque militar é visto na cidade de Donetsk, na fronteira com a Rússia
Foto: Alexander Ermochenko / Reuters
Dia 7/3 - Homem e criança fogem de bombardeios em Irpin, na Ucrânia
Foto: Carlos Barria / Reuters
Dia 7/3 - Despedidas em Odessa, na Ucrânia, enquanto tropas russas avançam no país
Foto: Alexandros Avramidis / Reuters
Dia 4/3 - Moradores de Kiev passam próximos aos destroços de um míssil
Foto: Valentyn Ogirenko
Dia 4/3 - Imagens de destruição em Hatne, cidade ucraniana fortemente atingida por tropas russas
Foto: Serhii Nuzhnenko
Dia 4/3 - Bombeiros trabalham para extinguir as chamas de um armazém em Kiev
Foto: Reuters
Dia 4/3 - A usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Ucrânia, após pegar fogo durante confronto entre ucranianos e russos
Foto: Reuters
Dia 3/3 - Soldado ucraniano com sua arma durante a invasão russa em Kiev
Foto: Mikhail Palinchak
Dia 3/3 - Vista aérea de um prédio residencial destruído em região próxima a capital Kiev
Foto: Maksim Levin
Dia 3/3 - Criança dorme em chão de trem com refugiados ucranianos que tentam chegar até a Hungria
Foto: Bernadett Szabo
Dia 3/3 - Refugiada protege seu cão do frio durante viagem de trem para tentar fugir da Ucrânia em guerra
Foto: Bernadett Szabo
Dia 3/3 - Soldado russo se emociona ao conversar com a mãe após rendição
Foto: Reprodução
Dia 2/3 - Manifestante ergue cartaz que compara Putin a Adolf Hitler em ato na Bélgica
Foto: Yves Herman
Dia 2/3 - Crianças ucranianas são fotografadas em um campo de refugiados na Polônia
Foto: Kai Pfaffenbach
Dia 2/3 - Placa avisa sobre minas em uma rua de Kiev
Foto: Carlos Barria
Dia 2/3 - Homem retira destroços de apartamento atingido durante guerra entre Rússia e Ucrânia
Foto: Alexander Ermochenko
Dia 1/3 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, posa para fotos em local não divulgado na Ucrânia
Foto: Umit Bektas
Dia 1/3 - Em mais um dia de guerra, as cenas de destruição se multiplicam pela Ucrânia
Foto: Vyacheslav Madiyevskyy
Dia 1/3 - Torre de TV é destruída na capital ucraniana Kiev
Foto: Carlos Barria
Dia 28/2 - Mulher abraça a filha em campo de refugiados na Polônia
Foto: Yara Nardi
Dia 28/2 - Criança refugiada ucraniana faz um coração com as mãos em uma estação de trem
Foto: Marton Monus
Dia 28/2 - Vidro de ambulância cravejado por balas na região da capital Kiev
Foto: Jedrzej Nowicki/Agencja Wyborcza
Dia 27/2 - Soldados ucranianos no check point de Zhytomyr durante a guerra contra a Rússia
Foto: Viacheslav Ratynskyi
Dia 27/2 - Soldados ucranianos se abrigam na base aérea de Vasylkiv
Foto: Maksim Levi
Dia 27/2 - Em mais um dia de guerra, chamas são vistas em Kiev, na Ucrânia
Foto: Maksim Levin
Dia 26/2 - Um tanque destruído é visto pelas ruas da cidade ucraniana de Kharkiv
Foto: Vyacheslav Madiyevskyy
Dia 26/2 - Moradores e soldados ucranianos tentam se proteger de bombardeios russos
Foto: Gleb Garanich
Dia 26/2 - O céu de Kiev arde em chamas nos primeiros dias da invasão russa
Foto: Gleb Garanich
Dia 25/2 - Crianças olham Kiev da janela de um trem de evacuação durante a guerra
Foto: Umit Bektas
Dia 25/2 - Casa destruída em Kiev, na Ucrânia, durante invasão russa
Foto: Umit Bektas
Dia 25/2 - Criança brinca em frente a prédio destruído em Kiev
Foto: Umit Bektas
Dia 24/2 - Mulher chora durante travessia da fronteira entre Ucrânia e Polônia
Foto: Bryan Woolston
Dia 24/2 - Equipes de resgate atuam em área onde avião militar foi abatido
Foto: Ukrainian State Emergency Service
Dia 24/2 - Tanques ucranianos são vistos pelas ruas da Ucrânia após anúncio de invasão russa
Foto: Carlos Barria
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Kiev voltou a ser alvo de bombardeios russos nas primeiras horas desta quinta-feira, 3, (entre a noite de quarta e a madrugada de quinta em Brasília) quando sirenes voltaram a soar em diversas cidades pelo país, alertando sobre o risco de ataques aéreos. Na região de Kharkiv, 34 civis morreram nas últimas 24 horas, segundo os serviços de emergência. As explosões que abriram o 8° dia de invasão russa à Ucrânia ocorrem horas antes de uma nova tentativa diplomática de se chegar a um cessar-fogo no país do Leste Europeu.
Militares ucranianos alegam que as tropas russas "não tiveram sucesso em quase todas as direções em que estavam avançando", de acordo com uma atualização operacional publicada na manhã desta quinta, e mencionada pelo jornal britânico The Guardian. O comunicado ucraniano ainda acrescenta que o bombardeio de bairros residenciais nas principais cidades continuou durante a noite, enquanto as tropas russas avançavam em direção aos arredores do norte de Kiev e a Mariupol, no sudeste do país.
Ao mesmo tempo, o Ministério da Defesa russo afirma estar avançando e tomando o controle de cidades em várias frentes do conflito, com apoio dos grupos pró-separatismo de Donetsk e Luhansk. O porta-voz do ministério, Igor Konashenkov, afirmou que milícias de Donbas apertam o cerco em torno da cidade de Mariupol. "As unidades das Forças Armadas da República Popular de Donetsk reforçaram o cerco em torno da cidade de Mariupol e tomaram as cidades de Vinográdnoye, Sartana e Vodianóye", disse.
Enquanto as autoridades russas confirmavam o avanço das tropas russas em direção a Mariupol, forças separatistas pró-Rússia da região de Donestk afirmaram que podem lançar ataques direcionados à cidade, caso as forças ucranianas neguem se render, disse a agência de notícias Interfax, citando o comandante de Donetsk, Eduard Basurin.
A Rússia e os separatistas dizem que cercaram a cidade de 430 mil habitantes localizada na costa do Mar de Azov.
A imprensa ucraniana também noticiou que alvos civis foram bombardeados na cidade de Sumi, no nordeste do país, na manhã desta quinta. De acordo com um comandante militar da região citado pelo The Kyiv Independent, um edifício da Sumy State University foi atingido pelo ataque de artilharia.
Mais cedo, ainda na noite de ontem, seis pessoas, entre elas duas crianças, morreram após um bombardeio na cidade ucraniana de Izium, na região de Kharkiv, segundo informou o vice-prefeito do munícipio, Volodmir Matsokin. O ataque começou às 23h59, horário local (18h59 de Brasília) e atingiu um prédio de apartamentos de vários andares.
Tomada de Kherson
Tropas russas tomaram a cidade ucraniana de Khersonna quarta-feira, 2. A informação foi confirmada pelo prefeito da cidade, Igor Kolykhaev, segundo a Reuters. Kherson é um ponto estratégico entre a Crimeia e o sul da Ucrânia, onde o rio Dnipro deságua no Mar Negro, e seria a primeira cidade significativa a cair nas mãos de Moscou.
Cessar-fogo
Apesar da troca de hostilidades por todo o país, delegações diplomáticas da Rússia e da Ucrânia devem se reunir nesta quinta-feira para uma segunda rodada de negociações sobre um possível cessar-fogo. A reunião, assim como a primeira, será realizada em Belarus - país usado como base para as incursões russas na Ucrânia.
O encontro vai acontecer na região de Brest, na fronteira belarussa com a Polônia e a Ucrânia, segundo o negociador russo Vladimir Medinski, que disse que as duas partes chegaram a acordo sobre a área, embora o local específico ainda não tenha sido definido.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse estar pronto para negociações. "Estamos abertos para a diplomacia, mas não estamos de forma alguma prontos para aceitar os ultimatos russos", disse. O objetivo é um cessar-fogo imediato.
A primeira rodada, realizada em 28 de fevereiro na cidade de Gomel, não teve acordo. Contudo, ambas as partes afirmaram que a reunião permitiu identificar alguns pontos para poder avançar. /