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Kremlin diz que eleições na Moldávia foram injustas e questiona legitimidade de Sandu

5 nov 2024 - 08h44
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A Rússia criticou nesta terça-feira a eleição do fim de semana na Moldávia como injusta e disse que não considera a vencedora, Maia Sandu, como a presidente legítima do país.

A pró-ocidental Sandu derrotou um ex-procurador-geral apoiado por um partido tradicionalmente pró-russo em uma votação marcada por alegações de interferência eleitoral por parte de Moscou, o que o Kremlin negou.

Os resultados oficiais mostraram que Sandu venceu graças ao forte apoio dos moldavos que votaram no exterior. Dentro das fronteiras do país, ela perdeu por uma margem estreita.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, fez um ataque contundente à condução da eleição de domingo durante declaração a repórteres.

Ele disse que centenas de milhares de moldavos que vivem na Rússia não tiveram permissão para votar - ao contrário dos moldavos que vivem no Ocidente, cujos votos foram fundamentais para a vitória de Sandu.

"Essas eleições não foram democráticas nem justas", disse Peskov.

"Quanto à sra Sandu - vocês sabem que ela não é, em nosso entendimento, a presidente de seu país - porque no próprio país, a maioria da população não votou nela, e estamos falando de uma sociedade muito, muito dividida. Essas contradições certamente continuarão", declarou ele.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu anteriormente a disputa na Moldávia como "a campanha eleitoral mais antidemocrática em todos os anos de independência da Moldávia".

No entanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, parabenizou Sandu pela vitória, dizendo que a Rússia não havia conseguido "minar as instituições democráticas e os processos eleitorais da Moldávia".

Sandu quer conduzir a Moldávia para a adesão à União Europeia, mas o pequeno país, que faz fronteira com a Ucrânia e a Romênia, tem lutado para escapar da órbita da Rússia.

O país depende muito do gás russo, e a Rússia mantém tropas em uma região separatista que se separou do resto da Moldávia quando a União Soviética entrou em colapso em 1991.

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