Kremlin vê progresso após 4ª reunião do enviado de Trump com Putin
O enviado do presidente norte-americano Donald Trump, Steve Witkoff, reuniu-se com o presidente Vladimir Putin por três horas em Moscou nesta sexta-feira para discutir um plano dos EUA para acabar com a guerra na Ucrânia, e o Kremlin afirmou que as posições dos dois lados se aproximaram.
O assessor de política externa do Kremlin, Yuri Ushakov, que participou da reunião, descreveu-a como construtiva e muito útil.
"Esta conversa permitiu que a Rússia e os Estados Unidos aproximassem ainda mais suas posições, não apenas em relação à Ucrânia, mas também em uma série de outras questões internacionais", disse ele a repórteres.
"Quanto à crise ucraniana em si, a discussão se concentrou em particular na possibilidade de retomar as negociações diretas entre representantes da Federação Russa e da Ucrânia."
Rússia e Ucrânia não mantêm conversas diretas desde as primeiras semanas da guerra, que começou em fevereiro de 2022.
Não houve comentários imediatos de Witkoff, que tem sido o interlocutor de Washington com Putin enquanto Trump pressiona por um acordo para acabar com a guerra, que está em seu quarto ano, e já realizou três longas reuniões com o líder do Kremlin.
Sua mais recente viagem ocorre depois de conversações realizadas nesta semana, nas quais autoridades ucranianas e europeias se opuseram a algumas das propostas dos EUA sobre como resolver o conflito, o mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Um vídeo publicado pelo Kremlin mostrou Witkoff e Putin apertando as mãos e trocando gentilezas antes de se sentarem em lados opostos de uma mesa oval branca.
Putin estava acompanhado de seu conselheiro de política externa Yuri Ushakov e do enviado de investimentos Kirill Dmitriev.
A visita de Witkoff ocorre um dia depois que Trump criticou um ataque russo com mísseis e drones em Kiev, que matou pelo menos 12 pessoas, e publicou nas mídias sociais: "Vladimir, PARE!"
Mas Trump também disse que houve um progresso significativo nas negociações de paz.
"Os próximos dias serão muito importantes. As reuniões estão ocorrendo neste momento", declarou Trump aos repórteres na quinta-feira. "Acho que vamos chegar a um acordo... Acho que estamos chegando muito perto."
Ao mesmo tempo em que fez comentários otimistas sobre as chances de um acordo, Trump também advertiu os dois lados de que os EUA se afastarão e abandonarão seus esforços, a menos que haja um progresso genuíno.
