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Líbano vai cooperar com a Interpol na prisão de autoridade síria acusada de crimes de guerra

23 dez 2024 - 16h48
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O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse nesta segunda-feira que o Líbano vai cooperar com petição da Interpol pela prisão do ex-oficial de inteligência sírio Jamil Hassan, acusado pelas autoridades dos Estados Unidos de crimes de guerra durante o governo recentemente derrubado de Assad.

Na semana passada, o Líbano recebeu uma notificação oficial da Interpol pedindo a autoridades judiciais e de segurança que detenham Hassan, cujo paradeiro permanece incerto, caso ele seja encontrado em solo libanês, disseram três fontes judiciais libanesas à Reuters.

"Estamos comprometidos em cooperar com a carta da Interpol sobre a prisão do Diretor de Inteligência da Força Aérea Síria, assim como continuamos a cooperar em todas as questões relacionadas ao sistema internacional", disse Mikati à Reuters.

A diretriz também pede a prisão de Hassan com o objetivo final de extraditá-lo para os Estados Unidos, disseram as fontes.

Em 9 de dezembro, uma acusação dos EUA revelou acusações contra Hassan, de 72 anos, por crimes de guerra, incluindo a tortura de detentos -- alguns deles cidadãos norte-americanos -- durante a guerra civil síria.

Hassan é também um dos três altos funcionários sírios considerados culpados por um tribunal francês em maio por crimes de guerra devido a seu envolvimento no desaparecimento e subsequente morte de um pai e seu filho franco-sírios.

De acordo com fontes judiciais libanesas, o mandado de prisão da Interpol acusa Hassan de envolvimento em "crimes de assassinato, tortura e genocídio".

Hassan também é supostamente responsável por supervisionar o lançamento de milhares de bombas de barril contra a população síria, levando inúmeros civis à morte, disseram as fontes.

Até 30 ex-oficiais do exército da Quarta Divisão e da inteligência de baixo escalão do governo Assad estão sob custódia da polícia no Líbano, disseram duas fontes de segurança à Reuters.

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